Um tribunal em Diyarbakir, no sudeste da Turquia, sentenciou à prisão perpétua agravada três familiares de Narin Guran, uma menina de oito anos que foi encontrada morta em setembro, após 19 dias desaparecida. O corpo da criança estava dentro de um saco, em um rio, a aproximadamente um quilômetro de distância de sua casa, no vilarejo onde vivia com a família. As informações são da agência AFP.
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A mãe, o irmão mais velho e o tio de Narin foram considerados culpados por "homicídio deliberado em cumplicidade". Outro envolvido, Nevzat Bahtiyar, que confessou participação no assassinato, recebeu uma pena de quatro anos e seis meses de prisão.
O desaparecimento de Narin, em 21 de agosto, mobilizou a Turquia. A campanha "Encontrem Narin", amplamente divulgada nas redes sociais, contou com o apoio de celebridades e organizações feministas. Após a descoberta do corpo da menina, manifestações ocorreram em diversas cidades do país, exigindo justiça e medidas mais severas contra a violência.
O caso também chamou atenção do presidente Recep Tayyip Erdogan, que expressou sua consternação nas redes sociais: "A triste notícia sobre Narin, que foi brutalmente assassinada, nos feriu profundamente".
A investigação, que levou à prisão de 21 suspeitos, destacou a gravidade do crime e a indignação pública diante da violência contra crianças na Turquia.