O ex-presidente de Gana, John Dramani Mahama, conseguiu um retorno político ao vencer a eleição presidencial do país da África Ocidental depois que seu rival, o vice-presidente Mahamudu Bawumia, admitiu a derrota neste domingo.
O resultado das eleições gerais de Gana é mais um golpe para o partido governista em uma região onde os eleitores, atingidos por dificuldades econômicas, alta inflação e desvalorização da moeda local, causaram transtornos ao buscarem mudanças na liderança.
Mahama, de 66 anos, que foi presidente de Gana entre 2012 e 2016, retratou Bawumia como um símbolo da continuidade das políticas que levaram Gana à pior crise econômica de uma geração.
Gana, que é o segundo maior produtor mundial de cacau e a maior produtora de ouro, chegou a um acordo com o Fundo Monetário Internacional no ano passado para um resgate de 3 bilhões de dólares depois de não pagar a maior parte de sua dívida internacional.
"Esta manhã, recebi uma ligação de felicitações do meu irmão, Dr. Bawumia, após minha vitória enfática nas eleições de sábado. Obrigado, Gana", disse Mahama em um post na rede social X.
Em coletiva de imprensa em sua residência, Bawumia disse que ligou para Mahama para parabenizá-lo, acrescentando que o Congresso Democrático Nacional (NDC) de Mahama também venceu a eleição parlamentar.
Houve relatos de brigas em vários centros eleitorais locais, onde os resultados ainda estavam chegando das seções eleitorais.
"Estou fazendo esse discurso de concessão antes do anúncio oficial da Comissão Eleitoral para evitar mais tensão e preservar a paz em nosso país", disse Bawumia.
"É importante que a comunidade mundial de investidores continue a acreditar no caráter pacífico e democrático de Gana", acrescentou.
Centenas de partidários do NDC saíram às ruas da capital Acra no domingo para comemorar depois que Bawumia concedeu a derrota.