O Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela ratificou nesta quinta-feira, 22, a vitória do presidente Nicolás Maduro na eleição presidencial de 28 de julho, selando o apoio institucional ao partido governista à medida que a concorrida disputa desaparece das manchetes internacionais.
Desde a votação e os protestos que se seguiram, o governo de Maduro conduziu o que a oposição, grupos de direitos humanos e sindicatos caracterizaram como uma repressão à dissidência.
As ações incluíram prisões de figuras da oposição e manifestantes, uma investigação sobre líderes da oposição por supostamente incitarem os militares a cometer crimes, a aprovação de uma lei que endurece as regras sobre ONGs e demissões forçadas de funcionários do Estado que supostamente defendem pontos de vista pró-oposição.
O tribunal analisou o material da autoridade eleitoral e concordou que Maduro venceu a eleição, disse a presidente do tribunal, Caryslia Rodriguez, acrescentando que a decisão não pode ser objeto de recurso.
A autoridade eleitoral tem dito desde a noite da eleição que Maduro saiu vencedor com pouco mais da metade dos votos, embora não tenha publicado as contagens completas.
A oposição publicou online o que diz ser 83% das apurações das urnas eletrônicas, que dão ao seu candidato, Edmundo González, um apoio de 67%.