Mais de 3 mil voos foram cancelados ao redor do mundo neste domingo (2), mais da metade nos Estados Unidos, piorando o prejuízo dos cancelamentos na semana das festas de fim de ano devido ao mau tempo e o aumento nos casos de coronavírus causado pela variante Ômicron.
Mais de 3.300 voos tinham sido cancelados até as 9h deste domingo (horário de Brasília), incluindo 1.900 que estavam entrando ou saindo dos EUA, de acordo com uma contagem realizada pelo site de rastreamento de voos FlightAware.com. Incluindo os voos atrasados, mas não cancelados, mais de 4.800 voos foram afetados no total.
Os feriados de Natal e Ano Novo normalmente são muito movimentados para a aviação, mas a rápida disseminação da variante Ômicron, que é altamente transmissível, levou a um aumento significativo dos casos de covid-19, forçando companhias aéreas a cancelar voos à medida que pilotos e tripulações entraram em quarentena.
Agências de transporte também estavam suspendendo ou reduzindo serviços nos EUA devido à falta de pessoal por causa do coronavírus.
A Ômicron causou recorde de casos e arruinou as festividades de Ano Novo em muitos lugares ao redor do mundo.
O aumento de casos de covid-19 nos EUA fez com que algumas companhias mudassem os planos de aumentar o número de funcionários trabalhando em seus escritórios a partir de segunda-feira.
A Chevron planejava começar o retorno completo ao escritório a partir de 3 de janeiro, mas disse aos funcionários no fim de dezembro que estava adiando a decisão indefinidamente.
As autoridades norte-americanas registraram pelo menos 346.869 novos casos de coronavírus neste sábado, de acordo com uma contagem da Reuters. A contagem de mortos por covid-19 nos EUA aumentou em 377, para 828.562.
Tripulações, pilotos e equipes de apoio dos EUA estão relutantes em fazer horas extras durante a temporada de festas de fim de ano, apesar de grandes incentivos financeiros. Muitos funcionários temem contrair covid-19 e não estão inclinados a lidar com passageiros indisciplinados, disseram sindicatos.
Nos meses que antecederam as festas de fim de ano, as empresas aéreas estavam cortejando os funcionários para garantir que teriam um número suficiente de equipes, após dispensarem milhares ao longo dos últimos 18 meses em que a pandemia prejudicou o setor.