Mais de 30 morrem em protestos por direitos das mulheres no Irã

Atos se espalham após morte de jovem que usou véu incorretamente

22 set 2022 - 15h16
(atualizado às 17h24)

Ao menos 31 civis morreram no Irã desde o início dos protestos pelo falecimento da jovem Mahsa Amini, 22 anos, informou a ONG Iran Human Rights (IHR) nesta quinta-feira, 22. A mulher morreu após ser detida por usar o véu islâmico de maneira "incorreta".

"O povo iraniano saiu às ruas para lutar por seus direitos fundamentais e pela própria dignidade humana. E o governo está respondendo a essas manifestações pacíficas com balas", disse o diretor da ONG, Mahmood Amiry-Moghaddam.

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Amini foi presa, ao lado de outras mulheres, pela "polícia da moral e dos bons constumes" em Teerã no dia 16 de setembro por estar "violando regras de vestimenta". No entanto, após ser levada para uma delegacia, ela foi agredida e levada a um hospital já em coma - falecendo pouco depois. O caso está sendo investigado pelo governo do país.

Por conta da morte da jovem, os Estados Unidos anunciaram novas sanções contra o Irã, mais precisamente contra o órgão policial, e condenou "esse ato nos termos mais duros". "Pedimos ao governo iraniano que coloque um fim na violência contra as mulheres", afirmou a secretária do Tesouro, Janet Yellen. .

Protestos pela morte de Mahsa e pelos direitos das mulheres se espalham pelo Irã
Protestos pela morte de Mahsa e pelos direitos das mulheres se espalham pelo Irã
Foto: EPA / Ansa - Brasil
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