"Essa manhã o presidente está se sentindo muito bem", afirmou o médico da Casa Branca Sean Conley na manhã deste sábado, 3, ao divulgar o estado de saúde de Donald Trump, internado desde a noite de sexta-feira no hospital militar Walter Reed. Conley se recusou a determinar uma data para a alta de Trump e disse que a internação "foi uma precaução".
"Ainda não queremos falar em dia da alta porque a fase dois dessa doença (covid) pode vir acompanhada de um quadro inflamatório então temos que ter cuidado", afirmou o médico, na frente do Centro Médico e acompanhado pelo resto da equipe que cuida de Trump.
"A primeira-dama não tem indicações para uma internação, ela está muito bem", explicou Conley sobre Melania Trump, que também testou positivo para a covid-19 na sexta-feira, mas não foi internada como o marido.
A pergunta que ficou no ar foi se o presidente recebeu oxigênio em algum momento desde que começou a se sentir mal. "Ele não teve dificuldade de respirar, não está recebendo oxigênio nesse momento", afirmou Conley. Questionado por jornalistas sobre se Trump precisou de auxílio para respirar em algum momento, o médico apenas disse que desde a noite de sexta não.
Conley explicou que Trump teve febre, sem detalhar quanto, tosse e fadiga, mas que os sintomas estão diminuindo. "Nesse momento estamos muito felizes com o progresso de Trump, não vemos nenhuma complicação no momento", disse o médico da Casa Branca, explicando que desde a manhã da sexta-feira a febre vem diminuindo e neste sábado Trump não apresentou mais febre.
O presidente, segundo a equipe médica, formada por 10 profissionais, está com as funções cardíaca e renal sendo monitoradas a todo tempo. "Nesse momento está com 96% de saturação. Estamos tomando os cuidados necessários".
Origem da doença
Questionado sobre evidências de quando e como o presidente se contaminou com o novo coronavírus, Conley se recusou a comentar. "Não vou entrar nos detalhes".
Em nenhum momento foi passado pela equipe um quadro de saúde que preocupasse mais sobre algum risco de morte. "Ele ainda tem muito trabalho a fazer como chefe de Estado", afirmou o médico, que também não quis comentar sobre testes anteriores realizados pelo presidente.
Conley explicou que todos os médicos estão usando luvas, máscaras e tomando as medidas necessárias para não contraírem a doença ao cuidar de Trump.