Os grupos de trabalho do bloco conservador CDU/CSU e do Partido Social-Democrata (SPD) apresentarão suas conclusões sobre uma possível coalizão de governo na Alemanha nesta segunda-feira, um passo na direção de superar as diferenças em questões como a imigração.
O provável próximo chanceler, Friedrich Merz, quer forjar uma coalizão governamental com o SPD até 20 de abril, mas ambos os lados têm enfatizado a necessidade de acertar a essência das discussões, em vez de se esforçarem para cumprir prazos auto-impostos.
Os dois grupos receberam um impulso na semana passada, quando o atual Parlamento aprovou planos para um enorme programa de empréstimos estatais destinado a impulsionar o crescimento econômico na maior economia da Europa e a reforçar suas Forças Armadas.
É provável que os conservadores e o SPD sejam as únicas perspectivas viáveis de coalizão no novo Parlamento, cujo mandato começa na terça-feira. Mas ainda há diferenças que estão sendo resolvidas, principalmente a portas fechadas.
O SPD tem dúvidas sobre os planos de Merz para controles de imigração mais rígidos, que incluem a recusa de requerentes de asilo na fronteira. Os conservadores também querem reformar os pagamentos de programas sociais e encontrar economias no orçamento.
"Presumo que todos queiram naturalmente continuar trabalhando com concentração, mas também não queremos nos colocar sob pressão de tempo", disse o secretário geral do SPD, Matthias Miersch, à RTL/ntv.
Depois de vencer a eleição no mês passado, Merz pediu a formação de uma coalizão rapidamente, alertando que faltam "cinco minutos para a meia-noite" para a Europa se defender sozinha contra uma Rússia hostil e com os Estados Unidos não sendo mais vistos como um aliado confiável.
A postura mais rígida de Merz em relação à imigração reflete um cenário político em transformação, no qual o partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) tem crescido e se tornou o segundo maior partido do país.