Centenas de milhares de chilenos foram às ruas no último domingo (28) para protestar contra o sistema de previdência do país e para pedir reformas no setor.
O sistema, que já foi considerado modelo no mundo, paga hoje para cerca de 80% dos aposentados menos do que o valor do salário mínimo no país, que está em quase US$ 400 (cerca de R$ 1,2 mil).
Instaurado pela ditadura de Augusto Pinochet, em 1981, o sistema é baseado nas Administradoras de Fundos de Pensão (AFP). Os trabalhadores são obrigados a dar mensalmente 10% de seus salários para o fundo e tinham a promessa de receber uma aposentadoria equivalente a 70% de seu último salário.
No entanto, não é isso que acontece. Segundo estudo, 44% dos aposentados chilenos tem rendimentos abaixo da linha da pobreza.
As manifestações, que foram convocadas pelo movimento "Não +AFP" quer pressionar o governo de Michelle Bachelet, que prometeu fazer uma reforma da previdência, a acelerar o processo e a rever as regras atuais.