O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, revelou nesta terça-feira (14) que um general e um coronel do Exército do país foram presos acusados de terem participado do suposto atentado fracassado contra o presidente Nicolás Maduro.
Segundo Saab, com a prisão dos dois militares, subiu para 14 o número de detidos pelo ataque contra o chefe de Estado venezuelano, mas as autoridades falam em 34 envolvidos, no total.
O general da Guarda Nacional Bolivariana (GNB), Alejandro Pérez Gámez, e o coronel Pedro Zambrano foram levados aos tribunais e deverão responder pelo crime de "homicídio intencional qualificado em grau de frustração na pessoa do presidente".
Além dos militares, o deputado de oposição Juan Requesens, preso na última quarta-feira (8), o sargento Juan Monasterios e outras quatro pessoas foram enquadradas pelo mesmo crimes.
Saab ainda afirmou que "vários" dos acusados estão em outros países, como o deputado Julio Borges, que é tido como o mentor do suposto atentado e vive atualmente na Colômbia. Já outros estão morando nos Estados Unidos.
No dia 4 de agosto, Maduro estava discursando em um evento em Caracas, quando uma explosão interrompeu o ato e evacuou o local. O governo do país alega que se tratou de uma tentativa de atentado, com uso de drones explosivos. De acordo com as autoridades venezuelanas, sete agentes da GNB ficaram feridos na ação.
A Venezuela enfrenta uma grave crise financeira e política, prejudicada por um hiperinflação e por escassez de alimentos.