Ministro de Israel acusa Unifil de ser escudo do Hezbollah

Força da ONU foi alvo de ataques israelenses nos últimos dias

14 out 2024 - 08h53
(atualizado às 09h17)

O ministro da Energia de Israel, Eli Cohen, acusou a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil) de servir de "escudo" para o grupo xiita Hezbollah, na esteira dos ataques do Exército israelense contra bases da missão da ONU no país árabe.

Veículos da Unifil em deslocamento no sul do Líbano
Veículos da Unifil em deslocamento no sul do Líbano
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

    "Essa força não contribuiu de nenhuma forma para a manutenção da estabilidade e da segurança na região, não garantiu a aplicação das resoluções da ONU e serve de escudo para o Hezbollah", escreveu Cohen no X nesta segunda-feira (14).

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    Em seguida, o ministro se dirigiu ao secretário-geral da ONU, António Guterres. "Chegou a hora de você responder ao pedido de retirar a Unifil das zonas de conflito e parar de fazer o jogo do Hamas", disse o político israelense, sem mencionar que a decisão sobre a presença da Unifil no Líbano cabe ao Conselho de Segurança, e não ao secretário-geral das Nações Unidas.

    Nos últimos dias, a Força Interina da ONU denunciou diversos ataques de Israel contra suas bases no Líbano, país que é palco de uma ofensiva de Tel Aviv contra o Hezbollah, aliado do Hamas, há quase um mês. Mais de 2 mil pessoas já morreram nos conflitos em solo libanês desde meados de setembro.

    As agressões contra a Unifil foram condenadas pela comunidade internacional, sobretudo pelos países que contribuem com militares para a missão, como Itália e Espanha. "Não haverá uma retirada das tropas da Unifil do Líbano", disse o premiê espanhol, Pedro Sánchez, nesta segunda-feira.

    "A missão tem hoje mais significado do que nunca, considerando o que acontece no campo de batalha", acrescentou.

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