O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, afirmou que o atual mandatário dos Estados Unidos, Joe Biden, e o republicano Donald Trump, presidente eleito do país, tiveram méritos no acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza.
"Foi mérito dos dois. Ambos pressionaram Israel a chegar a esse cessar-fogo. Tanto Biden quanto Trump se comprometeram a encerrar um período que causou muitas mortes e criou grande instabilidade. A chave para todos os problemas é o que está acontecendo em Gaza", analisou o chanceler italiano.
Tajani disse esperar que todas as fases previstas no acordo, que são três, possam ser alcançadas sem interrupções das Forças de Defesa de Israel (IDF) ou do Hamas. Caso isso ocorra, a paz completa no enclave palestino poderá se tornar realidade, segundo o ministro europeu.
Questionado sobre qual será a contribuição europeia em relação ao assunto, o chanceler comentou que visitará Israel e Palestina na próxima semana. Ele voltou a falar sobre a possibilidade de Roma fornecer uma presença militar em Gaza nos mesmos moldes da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil).
A reunião do gabinete israelense convocada para votar o acordo com o Hamas sobre o cessar-fogo e a libertação dos reféns assinado ontem (16) em Doha, no Catar, está em andamento há mais de quatro horas.
A emissora egípcia Al-Qaera informou que centenas de caminhões carregados com ajuda humanitária estão alinhados na cidade de Al-Arish, no Egito, prontos para entrar na Faixa de Gaza.
Já uma fonte de segurança do país africano mencionou que as autoridades locais "continuam a reparar praças, ruas e edifícios na passagem de Rafah, no lado palestino, a fim de reabrir" a área "dentro de dois dias".
A imprensa israelense, por sua vez, confirmou que o grupo fundamentalista islâmico comunicará amanhã (18) os nomes dos três primeiros reféns mantidos em Gaza que serão libertados no próximo domingo (19).
O Ministério da Justiça de Israel já publicou a lista dos 95 detidos palestinos com libertação prevista na primeira rodada do acordo. A maioria dos prisioneiros são mulheres e apenas um, com menos de 18 anos, foi condenado por homicídio. .