Mulher desaparecida é encontrada nos EUA graças a 'cheiro engarrafado'

Frasco com odor corporal foi usado por cão farejador da polícia para identificar pessoa com demência que havia se perdido.

27 jul 2017 - 17h24
(atualizado às 17h36)
Recipiente com o cheiro da mulher desaparecida serviu de pista para buscar seu paradeiro
Recipiente com o cheiro da mulher desaparecida serviu de pista para buscar seu paradeiro
Foto: BBC News Brasil

Uma mulher com demência que havia desaparecido na Flórida foi encontrada pela polícia americana em questão de minutos, graças ao armazenamento de seu cheiro corporal.

O recipiente com o cheiro foi usado pelo cão farejador da polícia para buscar pistas da mulher, que estava ausente de sua casa havia duas horas.

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O episódio, ocorrido na noite da última segunda-feira, foi comemorado pela polícia americana em uma postagem no Facebook, no qual sugere que mais pessoas engarrafem seus odores corporais caso estejam sob o risco de se perderem.

A mulher, cuja identidade não foi revelada, havia usado um kit profissional de preservação de odores para emergências, capaz de guardar o cheiro corporal de uma pessoa por até sete anos.

O dela havia sido preservado desde janeiro de 2015, de acordo com uma foto do recipiente divulgada pela polícia.

Cão Ally foi presenteado com um sorvete após encontrar mulher desaparecida
Foto: BBC News Brasil

Como funciona

Preservar um odor pessoal com o kit profissional requer passar um pequeno tecido acolchoado nas axilas e guardá-lo em uma jarra esterilizada, de forma que o cheiro seja passível de uso por cães farejadores em caso de desaparecimento.

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Fabricantes do kit (que custa em torno de US$ 20, ou R$ 63, em lojas virtuais) afirmam que eles são mais eficientes do que peças de roupa, por não serem contaminados pelos odores de outras pessoas e do ambiente.

Cães têm um olfato mais potente que humanos e são treinados por forças de segurança para identificar drogas, pessoas e, em alguns casos, cadáveres.

Cão farejador
Foto: BBC News Brasil

Algumas corporações policiais ao redor do mundo - como as de China e Alemanha, por exemplo - guardam amostras de cheiro de suspeitos e de cenas de crimes para ajudar nas investigações.

Mas eles não são infalíveis: em 2006, um levantamento feito em New South Wales, na Austrália, mostrou que apenas um quarto das pessoas pegas por cães farejadores estavam, de fato, carregando drogas.

No caso da última segunda-feira na Flórida, porém, o cão policial Ally foi bem-sucedido em sua missão - e por isso foi recompensado com um sorvete.

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