Uma mulher com demência que havia desaparecido na Flórida foi encontrada pela polícia americana em questão de minutos, graças ao armazenamento de seu cheiro corporal.
O recipiente com o cheiro foi usado pelo cão farejador da polícia para buscar pistas da mulher, que estava ausente de sua casa havia duas horas.
O episódio, ocorrido na noite da última segunda-feira, foi comemorado pela polícia americana em uma postagem no Facebook, no qual sugere que mais pessoas engarrafem seus odores corporais caso estejam sob o risco de se perderem.
A mulher, cuja identidade não foi revelada, havia usado um kit profissional de preservação de odores para emergências, capaz de guardar o cheiro corporal de uma pessoa por até sete anos.
O dela havia sido preservado desde janeiro de 2015, de acordo com uma foto do recipiente divulgada pela polícia.
Como funciona
Preservar um odor pessoal com o kit profissional requer passar um pequeno tecido acolchoado nas axilas e guardá-lo em uma jarra esterilizada, de forma que o cheiro seja passível de uso por cães farejadores em caso de desaparecimento.
Fabricantes do kit (que custa em torno de US$ 20, ou R$ 63, em lojas virtuais) afirmam que eles são mais eficientes do que peças de roupa, por não serem contaminados pelos odores de outras pessoas e do ambiente.
Cães têm um olfato mais potente que humanos e são treinados por forças de segurança para identificar drogas, pessoas e, em alguns casos, cadáveres.
Algumas corporações policiais ao redor do mundo - como as de China e Alemanha, por exemplo - guardam amostras de cheiro de suspeitos e de cenas de crimes para ajudar nas investigações.
Mas eles não são infalíveis: em 2006, um levantamento feito em New South Wales, na Austrália, mostrou que apenas um quarto das pessoas pegas por cães farejadores estavam, de fato, carregando drogas.
No caso da última segunda-feira na Flórida, porém, o cão policial Ally foi bem-sucedido em sua missão - e por isso foi recompensado com um sorvete.