Mulher relata dificuldades da família para deixar o Líbano após morte de sobrinha brasileira

Mirna Raef Nasser, de 16 anos, foi morta em bombardeio israelense e encontrada abraçada ao pai

1 out 2024 - 18h15
(atualizado às 18h27)
A adolescente brasileira Mirna Raef Nasser, de 16 anos, morta em um bombardeio de Israel no sul do Líbano
A adolescente brasileira Mirna Raef Nasser, de 16 anos, morta em um bombardeio de Israel no sul do Líbano
Foto: Reprodução/Redes Sociais

A família da catarinense Mirna Raef Nasser, de 16 anos, morta em um bombardeio de Israel e encontrada abraçada ao pai, vive dias de tensão na tentativa de deixar o Líbano para buscar refúgio no Brasil. 

Ao g1 de Santa Catarina, Solange Barbieri, tia da garota, relatou como têm sido os últimos dias da mãe e dos três irmãos da adolescente. Solange é casada com Ali Bu Khaled, irmão de Raef Hussein Nasser, que morreu ao lado da filha.

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“Todo dia eles estão em um lugar diferente porque eles estão fugindo. Dormem debaixo de viaduto, dormem na mesquita, dormem na escola para tentar fugir. Eles querem vir o mais rápido possível. Não tem onde eles ficarem”, contou ao portal.

Segundo a tia de Mirna, Ikram Yassine, a mãe de Mirna, e os filhos mais novos não conseguem mais continuar no país: “Eles não têm condições de ficar no Líbano, eles não têm. Eles não têm nem casa para morar, está destruído”.

Embora Mirna tenha nascido em Balneário Camboriú (SC) e mudado para o país árabe com 1 ano e 2 meses, a mãe e os irmãos dela são libaneses.

Nesta terça-feira, 1º, o Itamaraty anunciou que um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) partirá na quarta-feira, 2, rumo ao Líbano para repatriar um grupo de brasileiros presos no país em decorrência da escalada de violência do governo de Israel.

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A expectativa é que 220 brasileiros sejam repatriados neste primeiro voo. Segundo as autoridades, ao menos 3 mil cidadãos brasileiros, dos 21 mil que vivem no país árabe, pediram ajuda para deixar a região.

A tripulação será composta, além dos tripulantes operacionais da aeronave, por militares da área de saúde (médico, enfermeiro, psicólogo).

Fonte: Redação Terra
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