O Hezbollah, do Líbano, está tentando "recuperar sua força e se rearmar com a ajuda do Irã", disse nesta segunda-feira o embaixador de Israel na ONU ao Conselho de Segurança, declarando que os militantes continuam sendo uma "séria ameaça" a Israel e à estabilidade regional.
Informações de inteligência atualizadas dos EUA no mês passado -- publicadas pela Reuters -- alertaram que o Hezbollah, apoiado pelo Irã, provavelmente tentaria reconstruir seus estoques e forças, representando uma ameaça de longo prazo para os EUA e seus aliados regionais.
Israel e Hezbollah concordaram com um cessar-fogo de 60 dias, mediado pelos EUA, a partir de 27 de novembro, após mais de um ano de conflitos. Os termos exigem que o exército libanês se desloque para o sul do Líbano, à medida que as tropas israelenses e o Hezbollah retiram suas forças.
Os dois lados se acusaram mutuamente de violar o acordo.
"Embora as capacidades militares do Hezbollah tenham sido significativamente reduzidas durante a guerra, eles agora estão tentando recuperar a força e se rearmar com a ajuda do Irã", escreveu o embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, para o Conselho de Segurança com 15 membros.
O Hezbollah e a missão do Irã na ONU em Nova York não responderam a um pedido de comentário sobre as declarações de Danon em um primeiro momento. Uma fonte libanesa sênior próxima ao Hezbollah negou as alegações.
Danon disse que é "imperativo" que o governo libanês e a comunidade internacional se concentrem em "coibir o contrabando de armas, munições e o apoio financeiro pela fronteira entre a Síria e o Líbano e por rotas aéreas e marítimas".