Na ONU, Israel defende ataque contra hospital na Faixa de Gaza

3 jan 2025 - 20h52

Israel defendeu nesta sexta-feira a sua operação contra um hospital no norte da Faixa de Gaza na última semana, enquanto o chefe de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que a justificativa não convence, e a Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu que o país liberte o diretor do centro médico.    O embaixador de Israel na ONU em Genebra, Daniel Meron, postou nas redes sociais uma carta enviada na sexta-feira à OMS e a Volker Turk, autoridade de direitos humanos do órgão. Nela, o país afirma que o ataque contra o hospital Kamal Adwan, na semana passada, foi "provocado por evidência irrefutável" de que militantes do Hamas e da Jihad Islâmica estavam usando as suas instalações.    Ele afirmou que as forças israelenses tomaram "medidas extraordinárias para proteger a vida civil, agindo com crível diligência".    Turk disse ao Conselho de Segurança da ONU nesta sexta-feira que Israel não "substanciou muitas dessas alegações, que são frequentemente vagas e amplas demais. Em alguns casos, aparentam ser contraditórias com informações de domínio público".    "Estou pedindo investigações independentes, amplas e transparentes sobre os ataques israelenses contra hospitais, infraestrutura de Saúde e equipes médicas, além do alegado mau uso de tais instalações", afirmou ele ao órgão, que possui 15 membros.    O vice-embaixador de Israel na ONU, Jonathan Miller, disse que mais de "240 terroristas foram presos, incluindo 15 que participaram do massacre do dia 7 de outubro", no sul de Israel, em 2023, que deu início à guerra na Faixa de Gaza. O diretor do hospital, Hussam Abu Safiya, foi preso na ação.    "Suspeitamos que ele seja um operador do Hamas, já que centenas de terroristas do Hamas e da Jihad Islâmica estavam se escondendo dentro do hospital Kamal Adwan sob a sua gestão. Ele está sendo investigado por forças israelenses", afirmou.    A OMS está profundamente preocupada com Abu Safiya, afirmou o representante da entidade, Richard Peeperkorn: "Perdemos contato com ele desde então e pedimos sua libertação imediata".

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