Na ONU, Rússia diz que não quer uma guerra com Ucrânia

Em reunião de emergência do Conselho de Segurança, Moscou afirmou que não quer guerra; já premiê da Ucrânia voltou a falar sobre "agressão russa"

13 mar 2014 - 21h14
(atualizado às 21h19)
 Vitaly Churkin afirmou que ex-presidente ucraniano pediu intervenção russa
Vitaly Churkin afirmou que ex-presidente ucraniano pediu intervenção russa
Foto: AP

O embaixador da Rússia na ONU disse nesta quinta-feira, em reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, que Moscou "não quer uma guerra com a Ucrânia".

Vitaly Churkin respondeu ao premiê interino ucraniano, Arseniy Yatsenyuk, que lhe perguntou se os russos buscavam um conflito armado.

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"A Rússia não quer uma guerra, nem os russos", respondeu. "Estou convencido de que os ucranianos tampouco. Não interpretamos a situação nesses termos e não queremos uma escalada (dos conflitos)."

Churkin culpou o governo interino de Kiev pelo racha no país - entre grupos pró-Ocidente e pró-Rússia - e defendeu a realização do referendo, neste domingo, na região autônoma da Crimeia (pleito considerado ilegal por potências ocidentais, mas aprovado pelos parlamentos local e russo).

No referendo, a população local - em sua maioria, de origem étnica russa - votará se quer permanecer sob o governo ucraniano ou ser anexada pelo governo de Moscou.

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Já o premiê ucraniano afirmou que seu país é vítima da "agressão russa", mas agregou que "temos a chance de resolver este conflito de maneira pacífica".

Confrontos

Enquanto busca-se uma saída diplomática para a crise, crescem as tensões na Ucrânia.

Em Donetsk, no leste do país, violentos confrontos entre manifestantes deixaram ao menos uma pessoa morta e diversas outras feridas.

Relatos dão conta que grupos de manifestantes que gritavam slogans pró-Rússia se enfrentaram com outro grupo, que protestava contra a interferência militar russa na Crimeia.

Segundo a TV ucraniana, alguns participantes levavam consigo facas e barras de metal.

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Em Kiev, confrontos semelhantes deixaram feridos também nesta quinta-feira.

Nesta sexta, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e o chanceler russo, Sergei Lavrov, têm um encontro - uma tentativa final de encontrar alternativas à crise antes da realização do referendo de domingo.

Presença da Rússia na Crimeia ameaça guerra com Ucrânia:

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