Turquia expurga 7 mil na véspera de 1 ano de golpe frustrado

Medida afeta sobretudo policiais, acadêmicos e servidores

14 jul 2017 - 19h39
Presidente da Turquia, Tayyip Erdogan
Presidente da Turquia, Tayyip Erdogan
Foto: Reuters

Na véspera do aniversário de um ano da tentativa de golpe de Estado contra o presidente Recep Tayyip Erdogan, a Turquia realizou uma nova onda de expurgos contra mais de 7 mil pessoas, entre policiais, acadêmicos e servidores públicos.

O decreto ordenando a remoção desses funcionários data de 5 de junho, mas foi publicado no Diário Oficial do país apenas nesta sexta-feira (14). Os indivíduos atingidos pela medida são acusados de "agir contra a segurança do Estado" e de pertencer "a uma organização terrorista".

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Desde o golpe frustrado de 15 de julho de 2016, a reação de Erdogan já levou a cerca de 50 mil prisões e 150 mil expurgos. O levante contra o presidente foi repelido em poucas horas e é atribuído por Ancara ao clérigo e magnata turco Fethullah Gülen, que vive exilado nos Estados Unidos.

Ele lidera um movimento homônimo também conhecido como "Hizmet" ("Serviço", em tradução livre) e que prega uma versão moderada do islamismo. As instituições ligadas ao "Hizmet" estão entre os principais alvos da retaliação comandada por Erdogan, que em abril passado saiu vencedor do referendo que mudou o sistema político da Turquia do parlamentarismo para o presidencialismo.

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