A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, disse nesta sexta-feira (22) que "não pode haver equivalência" entre Israel e Hamas, na esteira dos mandados de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o premiê Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant e o líder da ala militar do grupo islâmico, Mohammed Deif.
"Aprofundarei nos próximos dias as motivações que levaram a essa sentença do Tribunal Penal Internacional. Motivações que devem sempre ser objetivas, e não de natureza política", disse Meloni em seu primeiro comentário sobre o caso.
"A presidência italiana no G7 pretende colocar o tema na ordem do dia da próxima reunião de ministros das Relações Exteriores, em Fiuggi, de 25 a 26 de novembro. Esse governo insiste em um ponto: não pode haver equivalência entre as responsabilidades do Estado de Israel e da organização terrorista Hamas", acrescentou.
A Corte de Haia acusa Netanyahu, Gallant e Deif de crimes de guerra e contra a humanidade no conflito na Faixa de Gaza, deflagrado em 7 de outubro de 2023, após atentados do Hamas que deixaram 1,2 mil mortos em Israel. Desde então, a guerra já custou as vidas de 44 mil pessoas no enclave palestino.
Deif, no entanto, é dado como morto pelo Exército Israelense, informação não confirmada pelo grupo fundamentalista. .