Nasa anuncia novos atrasos nas missões lunares Artemis

5 dez 2024 - 21h01

O administrador da Nasa, Bill Nelson, anunciou nesta quinta-feira novos atrasos no programa espacial Artemis, que tem como objetivo colocar astronautas de volta à Lua pela primeira vez desde 1972.

Ele informou a mudança das datas das duas próximas missões, incluindo uma que pousará no satélite natural. Em coletiva de imprensa, Nelson afirmou que a próxima missão da Artemis, que enviará astronautas ao redor da Lua e então de volta à Terra, foi atrasada para abril de 2026, enquanto o pouso lunar ocorrerá somente no ano seguinte. O pouso dos astronautas será feito usando a Starship, da SpaceX.

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"Supondo que o módulo de pouso da SpaceX esteja pronto, planejamos lançar o Artemis III em meados de 2027", disse Nelson.

"Isso estará bem à frente da intenção anunciada pelo governo chinês" de pousar na superfície lunar até 2030, acrescentou Nelson, ilustrando a competição entre as duas maiores potências espaciais do mundo enquanto correm para a Lua.

O adiamento ocorreu após a Nasa concluir os testes na cápsula Orion, produzida pela Lockheed Martin, e em seu escudo de calor, que falhou durante a reentrada na atmosfera terrestre durante um voo em 2022. O programa Artemis foi estabelecido pela Nasa durante o primeiro mandato do presidente-eleito, Donald Trump, com o objetivo de levar novamente astronautas à Lua pela primeira vez desde a missão Apollo 17. O programa quer estabelecer uma base lunar, como uma etapa para um objetivo mais ambicioso, de levar humanos a Marte. Os EUA estimam gastos de quase 93 bilhões de dólares no programa em 2025. Apesar de obter progressos notáveis, o programa também teve de lidar com vários atrasos e aumentos de custos. Em 2022, a Nasa realizou a missão Artemis 1, uma viagem de 25 dias não tripulada ao redor da Lua. Ela acabou quando a cápsula Orion, que carregava três manequins simulando uma tripulação, pousou com sucesso no Oceano Pacífico. Durante sua reentrada atmosférica, o calor ficou preso dentro da camada externa do escudo térmico da Orion, causando rachaduras e trazendo preocupações sobre os futuros modelos da cápsula. O chefe da Nasa afirmou que ele e outras autoridades decidiram de forma unânime manter o escudo de calor como tal e mudar a trajetória da Orion quando retornar da próxima missão.

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