O embaixador Alessandro Candeas, chefe do Escritório de Representação do Brasil em Ramallah, declarou neste sábado, 11, que a entrada do grupo de 34 pessoas no Egito segue condicionada à passagem de ambulâncias com feridos de Gaza.
Entretanto, de acordo com ele, o aumento dos ataques a hospitais na região compromete a possibilidade de deslocamento do comboio com o grupo. "Monitorando a possibilidade de reabertura da fronteira. O pré-requisito para isto é a passagem de comboio de ambulâncias. Entretanto, até o momento, não há perspectiva para deslocamento desses veículos, pois há hospitais cercados e atacados, sem possibilidade de transferência de feridos do Norte para o Sul da Faixa. Nessas condições, ainda não há possibilidade de evacuação de estrangeiros pela passagem de Rafah", destacou o diplomata.
O governo brasileiro acreditava que, após uma espera de dez dias, eles conseguiriam deixar a Faixa de Gaza, que enfrenta um intenso ataque israelense há mais de um mês.
Após a autorização concedida para a passagem de 33 dos 34 membros do grupo para o Egito no final da noite de quinta-feira, restava apenas aguardar a abertura da fronteira pela manhã.
Entretanto, pelo terceiro dia consecutivo, a fronteira permaneceu inacessível. Assim, o grupo precisou adiar, por pelo menos mais um dia, a viagem com destino ao Brasil.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, explicou que, embora os brasileiros na Faixa de Gaza tenham recebido autorização para deixar a região, a saída não se concretizou devido ao fechamento do posto de controle na fronteira com o Egito.
"Novamente não saíram, apesar de terem sido mobilizados até a região do posto de controle, não puderam passar porque o posto de controle não foi aberto. Estamos em contato com todas as partes e esperamos que esses nomes sejam autorizados a cruzar o mais rapidamente possível. Os nomes fazem parte da lista dos que foram autorizados a cruzar, mas até o momento nenhum desses nacionais de nenhuma nacionalidade cruzou nos últimos três dias", afirmou o ministro.