Netanyahu defende guerras contra Hamas e Hezbollah na ONU

Discurso do premiê foi boicotado por delegações de outros países

27 set 2024 - 11h34
(atualizado às 12h00)
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O premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, discursou nesta sexta-feira (27) na Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU) e defendeu a continuação das guerras contra os grupos radicais Hamas na Faixa de Gaza e Hezbollah no Líbano, além de ter ignorado apelos da comunidade internacional por um cessar-fogo.

Em seu pronunciamento, boicotado por diversas delegações internacionais, Netanyahu indicou que Israel não vai parar enquanto não destruir as capacidades militares dos dois movimentos fundamentalistas e resgatar todos os reféns sequestrados em 7 de outubro, em meio à escalada dos bombardeios no Líbano, onde mais de 700 pessoas já morreram em uma semana de ataques israelenses.

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"Israel torce pela paz, já fez a paz e voltará a fazer a paz, mas enfrentamos inimigos selvagens e precisamos nos defender daqueles que querem nos levar a uma era de trevas e tirania", disse.

Segundo o premiê, Israel está "vencendo a guerra" em Gaza e não vai parar enquanto "terroristas" continuarem no poder no enclave palestino.

"Estamos nos esforçando para trazer isso para o momento final. Se o Hamas seguir no poder, eles vão se reagrupar. Isso tem de acabar. Queremos uma Gaza desmilitarizada e desradicalizada", acrescentou o primeiro-ministro, ressaltando que apoiaria um "governo civil e comprometido com a coexistência pacífica" no território.

Netanyahu
Netanyahu
Foto: Ohad Zwigenberg/Pool / Reuters

"Essa guerra pode ser encerrada agora. Para que isso aconteça, basta que o Hamas se renda, entregue as armas e liberte os reféns", declarou. De acordo com Netanyahu, Israel já destruiu "90%" das armas do grupo islâmico e agora se voltou também para o Hezbollah, a quem acusou de "sequestrar o Líbano" com mísseis instalados em localizações civis para atingir o país judeu.

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"Não estamos em guerra contra vocês, estamos em guerra contra o Hezbollah", garantiu. O premiê também enviou um recado ao Irã, que ameaça atacar Israel em retaliação pelo assassinato do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã.

"Irã, se vocês nos atacarem, nós vamos atacar vocês. Não há lugar nenhum do Irã que o braço de Israel não possa alcançar, e isso vale para todo o Oriente Médio", afirmou. .

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