Com a desaceleração da pandemia do novo coronavírus, a Itália já começa a pensar na fase de reabertura, mas o ministro da Saúde do país, Roberto Speranza, alertou neste sábado (11) que a vida voltará à normalidade somente com o surgimento de uma vacina.
Speranza participou da inauguração de um centro de terapia intensiva em Bolonha, capital da Emilia-Romagna, a segunda região italiana mais atingida pela pandemia, com 19,1 mil casos e 2,4 mil mortes.
"Estamos trabalhando em uma resposta de sistema para fazer as famílias, empresas e pessoas voltarem a viver plenamente suas existências. Faremos isso quando a comunidade científica entregar uma vacina ao mundo, mas, enquanto isso, devemos estar à altura", disse o ministro.
Segundo Speranza, enquanto não houver uma vacina, o distanciamento social "é a única arma" para enfrentar a pandemia. A Itália estendeu a quarentena até 3 de maio, mas autorizou a reabertura de algumas atividades comerciais a partir de 14 de abril, como livrarias e lojas de produtos para crianças.
Enquanto isso, de acordo com o ministro da Saúde, o governo trabalha para fazer um "mapeamento nacional do contágio", incluindo testes em larga escala e um aplicativo para rastrear contatos de pessoas infectadas.
Cientistas do mundo todo correm contra o tempo para desenvolver uma vacina contra o Sars-CoV-2, inclusive na Itália, onde os testes pré-clínicos realizados pela empresa romana Takis Biotech apresentaram resultados "promissores". Ainda assim, os estudos em humanos só devem começar no outono europeu, a partir de setembro.