Nova York tem mais 779 mortes e diz que isolamento funciona

O governador do estado, Andrew Cuomo, acredita que os falecimentos podem estar sendo subestimados em Nova York.

8 abr 2020 - 15h56
(atualizado às 16h32)

Os esforços de distanciamento social em Nova York estão funcionando para manter o surto do coronavírus sob controle, apesar de o Estado ter relatado novas 779 mortes, uma alta recorde pelo segundo dia, disse o governador Andrew Cuomo nesta quarta-feira.

Cuomo, que emergiu como uma voz de expressão nacional em meio ao surto, disse que nunca acreditou que voltaria a testemunhar um desastre da escala dos ataques de 11 de setembro de 2001 e descreveu o número de mortes crescente como "quase inimaginável para mim".

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O governador admitiu existir uma "possibilidade muito real" de os falecimentos em Nova York estarem sendo subestimados por haver pessoas morrendo em casa, e pediu a preservação do fechamento de negócios e outras medidas de distanciamento social.

Cuomo determinou que todas as bandeiras fossem hasteadas a meio mastro no Estado, onde 6.268 pessoas já morreram da Covid-19, a doença respiratória causada pelo novo coronavírus, o que representa quase a metade dos óbitos nos Estados Unidos.

"Não comecem a fazer uma retrospectiva como se tivesse acabado", pediu Cuomo em um briefing diário. "Ainda não atravessamos isso. Não acabou."

O governador sublinhou a queda de novas hospitalizações na terça-feira, que recuaram das 656 do dia anterior para 586, e outros dados como indícios de que Nova York está "virando a curva" e começando a ter algum controle do índice de infecções.

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Mas ele alertou que o número de mortes continuará no nível atual nos próximos dias, se não aumentar, à medida que as pessoas hospitalizadas mais de uma semana atrás e respirando por aparelhos falecerem.

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