Novas fossas no México podem ter corpos de estudantes

Mais de 40 universitários desapareceram em 26 de setembro

9 out 2014 - 21h59
<p>Policiais montam guarda em uma área perto das fossas clandestinas em Pueblo Viejo, na periferia de Iguala, no estado mexicano de Guerrero, em 9 de outubro</p>
Policiais montam guarda em uma área perto das fossas clandestinas em Pueblo Viejo, na periferia de Iguala, no estado mexicano de Guerrero, em 9 de outubro
Foto: Henry Romero / Reuters

Autoridades mexicanas encontraram quatro novas fossas clandestinas durante a investigação sobre o desaparecimento de 43 estudantes no México, mas ainda não se sabe quantos corpos há nesses locais, informou a Procuradoria Geral nesta quinta-feira.

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"Quatro pessoas detidas por este caso nos levaram para um lugar, onde encontramos quatro fossas, e eles dizem que há restos mortais dos estudantes", anunciou o procurador geral Jesús Murillo Karam, em entrevista coletiva na capital.

O procurador afirmou que um grupo de peritos já está trabalhando na região, situada "relativamente perto" da cidade de Iguala (sul), onde os 43 estudantes desapareceram na noite de 26 de setembro. Eles foram vítimas de um ataque de policiais locais e de traficantes.

No fim de semana passado, foram encontradas outras valas clandestinas com 28 cadáveres ainda não identificados.

Sobre os motivos do brutal ataque de policiais de Iguala e de traficantes, o procurador declarou que "há várias linhas de investigação abertas" e que uma delas envolve o presidente municipal (prefeito), sua mulher e o diretor de Segurança municipal.

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As suspeitas sobre a responsabilidade por esses desaparecimentos - um caso que comoveu e indignou o país - apontavam nos últimos dias para o prefeito José Luis Abarca e para sua mulher, María de los Ángeles Pineda, que teriam fugido dois dias depois dos ataques.

Em um relatório do serviço de Inteligência, María Pineda, irmã de dois chefões do tráfico, é apontada como a pessoa que ordenou ao diretor da Segurança Pública municipal que reprimisse os estudantes. Ela temia que os jovens interrompessem um discurso que ela pronunciaria no dia da tragédia.

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