Novos ataques contra a área onde está localizada a central nuclear de Zaporizhzhia, na Ucrânia, foram registrados durante este domingo (20). A planta, que é a maior do tipo na Europa, virou palco de ações militares desde o início da invasão russa no país vizinho.
A operadora ucraniana que gere as centrais nucleares no país, Energoatom, voltou a acusar as tropas russas de atacarem a estrutura. Moscou não se manifestou ainda. As "explosões potentes" foram também confirmadas pela Agência Internacional para Energia Atômica (Aiea).
"Qualquer um que esteja por trás disso deve parar imediatamente. Vocês estão brincando com o fogo", disse o diretor da Aiea, Rafael Grossi.
O líder ainda voltou a fazer um apelo para que Ucrânia e Rússia cheguem a um acordo e criem uma zona de segurança "o mais rápido possível". "Não vou parar até quando essa área seja uma realidade", acrescentou.
Conforme o relatório da Aiea, com base nos depoimentos dos funcionários do órgão que estão no local, foram ao menos "uma dezena" de explosões registradas nesse domingo. "Alguns edifícios, sistemas e equipamentos foram danificados, mas até agora, nenhum era crucial para a segurança nuclear", diz ainda a nota.
Zaporizhzhia fica na região homônima da Ucrânia, que foi anexada unilateralmente pelos russos. A central nuclear está totalmente sob controle de tropas russas desde o início de março e os dois países trocam acusações sobre quem seriam os responsáveis pelas ações militares. .