Subiu para pelo menos 1.297 o número de mortos no terremoto de magnitude 7.2 na escala Richter que atingiu o
Haiti em 14 de agosto.
O balanço atualizado do governo se refere ao último domingo (15) e também contabiliza mais de 5,7 mil feridos. Além disso, a quantidade de óbitos está destinada a aumentar, já que ainda há centenas de desaparecidos.
Em Les Cayes e outras cidades do sudoeste do Haiti, boa parte da população passou a noite na rua, em frente às suas casas - muitas delas danificadas -, por medo de novos abalos sísmicos.
Enquanto isso, socorristas trabalham ininterruptamente para encontrar vítimas e sobreviventes nos escombros deixados pelo terremoto. O tremor ocorreu cerca de 160 quilômetros a oeste da capital Porto Príncipe, já devastada por um sismo em 2010.
Mais de 13,6 mil construções foram destruídas, e outras 13,7 mil estão danificadas, de acordo com o governo, que já está em alerta para a iminente chegada da depressão tropical "Grace", cuja passagem pode dificultar o trabalho das equipes de resgate.
O Haiti é um dos países mais pobres do mundo e já vivia uma crise institucional e política por causa do assassinato do presidente Jovenel Moise, em 7 de julho, por um comando formado por mercenários colombianos e americanos de origem haitiana.
O controle do país foi assumido pelo primeiro-ministro Ariel Henry, nomeado por Moise pouco antes de sua morte e que prometeu realizar eleições presidenciais e parlamentares em 7 de novembro.