O número de mortes provocadas por um terremoto intenso que atingiu a ilha turística indonésia de Lombok chegou a 100 nesta terça-feira, quando agentes de resgate encontraram vítimas debaixo de prédios desabados, e milhares de pessoas que perderam as casas nas áreas mais afetadas esperavam pela chegada de socorro.
Uma mulher foi retirada viva dos escombros de uma mercearia no norte, perto do epicentro do tremor de magnitude 6,9 de domingo, o segundo a abalar a ilha tropical em uma semana.
O resgate foi uma boa notícia rara, já que as esperanças de encontrar mais sobreviventes diminuíram e uma crise humanitária ameaça os milhares de desabrigados do desastre na zona rural, que precisam de água potável, alimento, remédios e abrigo com urgência.
O porta-voz da Agência Nacional de Mitigação de Desastres da Indonésia (BNPB), Sutopo Purwo Nugroho, estimou as mortes em 105, incluindo duas na ilha vizinha de Bali, no oeste, onde o terremoto também foi sentido -- e a cifra deve aumentar.
Lombok já havia sido abalada no dia 29 de julho por um sismo de magnitude 6,4 que matou 17 pessoas e deixou vários alpinistas presos nas encostas de um vulcão por um período curto.
A Indonésia está assentada sobre o Círculo de Fogo do Pacífico e é assolada por terremotos com frequência. Em 2004, um tsunami no oceano Índico matou 226 mil pessoas em 13 países, sendo mais de 120 mil na Indonésia.