Pelo menos três pessoas morreram de Ebola na Guiné, na África Ocidental, segundo autoridades de saúde locais. Outras cinco pessoas tiveram resultados positivos para o vírus.
Elas adoeceram após comparecer a um enterro, apresentando sintomas como diarreia, vômitos e sangramento.
Entre 2013 e 2016, mais de 11 mil pessoas morreram na epidemia de Ebola na África Ocidental, que começou na Guiné. Agora, essas mortes são as primeiros registradas em cinco anos na região desde o surto fatal da doença.
O médico Sakoba Keita, chefe da agência nacional de saúde da Guiné, disse que mais testes estão sendo feitos para confirmar a situação na região sudeste do país, perto da cidade de Nzérékoré, onde os casos ocorreram. Além disso, profissionais de saúde estão trabalhando para rastrear e isolar os casos.
A diretora da Organização Mundial da Saúde para a África, Matshidiso Moeti, tuitou que a agência global de saúde estava "aumentando a prontidão e os esforços de resposta" devido ao potencial ressurgimento do ebola na Guiné.
O ebola infecta humanos por meio do contato próximo com animais contaminados, como chimpanzés, morcegos frugívoros e antílopes da floresta.
Em seguida, ele se espalha entre humanos por contato direto com sangue infectado, fluidos corporais ou de órgãos, ou indiretamente por meio do contato com ambientes contaminados.
Funerais comunitários, em que as pessoas ajudam a lavar o corpo da pessoa que morreu, são uma forma importante de espalhar o ebola nos estágios iniciais de um surto.
Os corpos das vítimas são particularmente tóxicos. O período de incubação pode durar de dois dias a três semanas.
Vacinas
Em resposta à epidemia entre 2013 e 2016, vacinas foram desenvolvidas e usadas para combater surtos na República Democrática do Congo.
Uma vacina contra o Ebola foi testada pela primeira vez ao longo de quatro meses em 2015 na Guiné pela Agência de Saúde Pública do Canadá e, em seguida, desenvolvida pela empresa farmacêutica americana Merck Sharp & Dohme (MSD).
Cem pacientes foram identificados e os contatos próximos foram vacinados imediatamente ou três semanas depois. Nos 2.014 contatos próximos que foram vacinados imediatamente, não houve nenhum caso subsequente de Ebola.