Igreja Católica na Austrália liga celibato à pedofilia

Clero deveria receber uma formação "psicossocial", disse a Igreja australiana

12 dez 2014 - 07h30
(atualizado às 08h38)

A Igreja Católica na Austrália reconheceu nesta sexta-feira que o celibato obrigatório pode ter contribuído para os abusos de menores por parte de sacerdotes e disse que o clero deveria receber uma formação "psicossocial".

Por ser a cidade que abriga o Estado do Vaticano, que é sede da Igreja Católica Apostólica Romana e morada do Papa, e por ter sido o local do martírio de São Pedro, Roma é um dos mais óbvios destinos religiosos europeus. Por meio de um acordo com a Itália, representando a União Europeia, a unidade monetária do Vaticano também é o euro.
Por ser a cidade que abriga o Estado do Vaticano, que é sede da Igreja Católica Apostólica Romana e morada do Papa, e por ter sido o local do martírio de São Pedro, Roma é um dos mais óbvios destinos religiosos europeus. Por meio de um acordo com a Itália, representando a União Europeia, a unidade monetária do Vaticano também é o euro.
Foto: Shutterstock

Em um relatório, o Conselho da Verdade, da Justiça e da Cura da Igreja Católica australiana ressaltou que, nos casos de abusos de menores, algumas instituições eclesiásticas e seus líderes fizeram vista grossa durante anos.

Publicidade

"O celibato obrigatório também pode ter contribuído para os abusos em algumas circunstâncias", indicou o documento. Embora o celibato seja praticado há centenas de anos, não é uma parte imutável das normas da igreja.

Este conselho está ajudando a Igreja Católica a responder à Royal Comission da Austrália sobre possíveis respostas institucionais ante o abuso sexual infantil e recomendou uma formação melhor dos sacerdotes.

"Quando temos uma investigação pública sobre crimes sexuais na Igreja Católica, é preciso saber" como os sacerdotes entendem a sexualidade, disse o líder do conselho, Francis Sullivan, que defendeu a abertura do debate sobre as tradições mais sagradas da igreja, incluindo o celibato.

"É necessária uma clara compreensão sobre sua própria sexualidade, seu próprio desenvolvimento sexual, sua própria maneira de se relacionar" com os demais, acrescentou Sullivan, que apostou, definitivamente, por uma "educação psicossocial".

Publicidade

A Royal Comission australiana, criada no ano passado, está investigando as acusações generalizadas de abusos de menores em organizações religiosas e escolas, entre outros lugares, durante décadas.

No início deste ano, o papa Francisco pediu perdão às vítimas de abusos sexuais por parte de sacerdotes e pela cumplicidade da igreja em acobertá-los.

Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
Curtiu? Fique por dentro das principais notícias através do nosso ZAP
Inscreva-se