As Forças de Defesa de Israel (IDF) já realizaram "mais de 70 mini-incursões" contra o grupo xiita Hezbollah no sul do Líbano e afirmaram que o objetivo é fazer com que o ofensiva seja "a mais breve possível".
"Não há nenhuma intenção por parte das IDF de permanecer no Líbano meridional. Por outro lado, queremos reforçar nossas defesas e a vigilância na fronteira após a operação por terra", afirmou o Exército.
Segundo as Forças de Defesa, as incursões destruíram "vários postos do Hezbollah, túneis e milhares de armas" que poderiam ter sido utilizadas pelo grupo xiita para "invadir Israel".
Israel descreveu suas ações como "operações limitadas, localizadas e direcionadas" contra o Hezbollah nas regiões fronteiriças do sul do Líbano. O Exército anunciou oficialmente o início da ofensiva terrestre poucas horas após os Estados Unidos, o principal aliado de Israel, comunicarem que as forças israelenses estavam conduzindo essas incursões no território libanês.
O número exato de soldados israelenses envolvidos não foi revelado, mas o Exército afirmou que a 98ª divisão, composta por paraquedistas e unidades de elite, está participando. Essa mesma divisão já havia sido enviada à Faixa de Gaza, onde Israel continua seus confrontos com o Hamas. Segundo informações da AFP, a operação terrestre no Líbano está sendo apoiada por ataques aéreos e bombardeios de artilharia.
Na segunda-feira à noite, o Exército delimitou três áreas na fronteira norte com o Líbano como "zona militar fechada", indicando a possibilidade de um ataque terrestre. Já nesta terça-feira, as Forças Armadas israelenses emitiram um alerta para que os moradores de cerca de 30 vilarejos no sul do Líbano deixem suas residências e sigam para áreas mais ao norte do país.
O Exército afirmou que estava agindo com base em "informações precisas" para atingir posições e infraestrutura do Hezbollah no sul do Líbano. Em um comunicado, as Forças Armadas israelenses explicaram que esses alvos estão situados em vilarejos próximos à fronteira e representam uma "ameaça iminente para as comunidades no norte de Israel".
A ofensiva terrestre foi lançada após ataques aéreos israelenses que eliminaram vários comandantes do Hezbollah nas últimas semanas. Ainda na segunda-feira, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, declarou que a morte de Nasrallah foi "um passo significativo, mas não o fim". Ele ressaltou que Israel utilizaria "todos os recursos necessários" no território vizinho para combater a organização político-militar libanesa. *Com informações do jornal O Globo.
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