OMS alerta contra fim precipitado de paralisações em decorrência do coronavírus

6 mai 2020 - 15h25

O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou nesta quarta-feira sobre os riscos de ser necessário retornar ao confinamento caso os países que estejam deixando as restrições para combater a pandemia de coronavírus não administrem as transições "com muito cuidado e em uma abordagem em fases".

Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em Genebra
24/02/2020 REUTERS/Denis Balibouse
Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em Genebra 24/02/2020 REUTERS/Denis Balibouse
Foto: Reuters

O diretor-geral, Tedros Adhanom Ghebreyesus, listou uma série de medidas necessárias antes que os países afrouxem medidas destinadas a controlarem a propagação da Covid-19, doença respiratória do provocada pelo coronavírus, como controles de vigilância e preparação do sistema de saúde.

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"O risco de retornar ao bloqueio permanece muito real se os países não administrarem a transição com muito cuidado e com uma abordagem faseada", afirmou ele em um briefing online em Genebra.

Tedros, que chegou a ser criticado pela forma de lidar com o surto, disse que iria fazer uma análise "pós-ação" da resposta pela agência, mas aguardaria até que a pandemia recue.

"Enquanto o fogo está aceso, acho que nosso foco não deve ser dividido", disse.

Ele defendeu o protocolo da OMS de alerta sobre o potencial de transmissão de humano a humano do novo coronavírus, dizendo que informou o mundo disso no início de janeiro.

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O órgão, com sede em Genebra, tem sido acusado de ser "centrado na China" pelo doador principal, os Estados Unidos, que tem cortado o financiamento ao órgão.

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, tem afirmado ter "evidências" de que o novo coronavírus surgiu em um laboratório em Wuhan, na China, enquanto os cientistas têm informado a OMS de que a origem é animal.

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