OMS confirma casos de varíola de macaco em 8 países europeus

Sintomas são semelhantes aos da varíola erradicada desde 1980

20 mai 2022 - 15h10
(atualizado às 18h41)

A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou nesta sexta-feira (20) que pelo menos oito países europeus já registraram casos de varíola de macaco, doença rara provocada por um vírus semelhante ao da varíola, que está erradicada no mundo desde 1980.

Sintomas são semelhantes aos da varíola erradicada desde 1980
Sintomas são semelhantes aos da varíola erradicada desde 1980
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Até o momento, os casos foram relatados nos seguintes países do continente: Bélgica, França, Alemanha, Itália, Portugal, Espanha, Suécia e Reino Unido. Além dessas nações, Austrália, Canadá e Estados Unidos também identificaram a doença.

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Na Itália, as autoridades sanitárias confirmaram três casos da doença Segundo o diretor da Organização Mundial da Saúde para a Europa, Hans Kluge, os casos de varíola na Europa são "atípicos por várias razões", principalmente "porque todos, exceto um destes casos, não têm qualquer relação com deslocações para zonas onde a varíola é endémica, ou seja, na África Ocidental e Central".

Além disso, Kluge explicou que, entre outros motivos, estão o fato de que "muitos dos casos iniciais foram identificados através dos serviços de saúde sexual e dizem respeito a homens que fazem sexo com homens" e "devido à natureza geograficamente", o que "sugere que a transmissão pode estar acontecendo há algum tempo".

Hoje, fontes próximas à agência das Nações Unidas relataram que a OMS convocou uma reunião de emergência para debater os casos em humanos da varíola de macaco.

Este vírus pode ser transmitido por gotas de saliva e por contato com fluídos corporais e lesões cutâneas, inclusive durante relações sexuais. Já os sintomas são semelhantes aos da varíola, como febre, dores musculares e o surgimento de bolhas na pele, embora de forma mais leve.

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O nome "varíola de macaco" se deve ao fato de o vírus ter sido descoberto em colônias de símios, em 1958. Atualmente, acredita-se que os roedores sejam os principais hospedeiros do patógeno. .

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