OMS critica países que cogitam dar 3ª dose de vacinas anti-Covid

Diretor da organização definiu a atitude como gananciosa

13 jul 2021 - 12h08
(atualizado às 12h29)

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, criticou a "ganância" de alguns países que já desejam aplicar a terceira dose de vacinas contra o novo coronavírus.

Ghebreyesus durante uma entrevista coletiva em Genebra
Ghebreyesus durante uma entrevista coletiva em Genebra
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Na entrevista coletiva da OMS, Ghebreyesus destacou que a necessidade de uma terceira dose está longe de ser comprovada cientificamente, ao mesmo tempo que grande parte do mundo ainda aguarda pela sua primeira vacina.

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"Se a solidariedade não funcionar, só há uma palavra para explicar a agonia prolongada deste mundo ainda refém do vírus: é ganância", disse Ghebreyesus.

O biólogo, de 56 anos de idade, ainda acrescentou que as entregas das vacinas anti-Covid são "injustas e irregulares".

"Alguns países estão pedindo milhões de doses de reforço, enquanto outros não conseguiram imunizar seus profissionais de saúde e as partes mais vulneráveis de sua população", lamentou.

Ghebreyesus critica frequentemente países e empresas que já assinam esses contratos de terceira dose, como o grupo farmacêutico Pfizer/BioNTech, que recomendou uma terceira dose de seu imunizante para torná-la mais eficaz contra a propagação da altamente contagiosa variante Delta do novo coronavírus..

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