ONG recua e desiste de denunciar Itália por mortes no mar

ProActiva Open Arms acionará apenas a Líbia e navio panamenho

22 jul 2018 - 11h42
(atualizado às 12h24)

A ONG espanhola ProActiva Open Arms negou neste domingo (22) que esteja pensando em processar a Itália por causa de uma camaronesa resgatada no Mediterrâneo após ter passado dois dias à deriva ao lado dos corpos de uma mulher e uma criança.

Imagem de mulher encontrada morta pela ProActiva Open Arms no Mediterrâneo
Imagem de mulher encontrada morta pela ProActiva Open Arms no Mediterrâneo
Foto: EPA / Ansa - Brasil

No último sábado (21), o jornal "Diario de Mallorca" havia publicado que Josefa, a migrante salva pela ProActiva, pretendia denunciar a Líbia por omissão de socorro e a Itália por ter se recusado a autorizar o desembarque do navio da ONG no Porto de Catânia - informação negada por Roma.

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"Tendo em vista o que foi publicado por diversos órgãos de imprensa, esclarecemos que nenhuma denúncia foi apresentada contra o governo italiano ou sua Guarda Costeira", diz um comunicado da entidade.

A ONG denunciou apenas integrantes da Guarda Costeira da Líbia, por "terem causado a morte de duas pessoas", e o capitão do navio mercantil panamenho Triades, por omissão de socorro e homicídio culposo.

Segundo a ProActiva, as autoridades líbias interceptaram no início da semana passada uma embarcação com 158 migrantes forçados, mas a afundaram após duas mulheres - incluindo Josefa - e um menino terem se recusado a subir nos barcos de patrulha.

A ONG encontrou a camaronesa dois dias depois, à deriva nos destroços da embarcação e ao lado dos corpos da outra mulher e da criança. Também no sábado, o próprio fundador da ProActiva, Òscar Camps, havia dito esperar que a Espanha investigasse as guardas costeiras da Líbia e da Itália.

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