O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos disse nesta quarta-feira (9) que pelo menos 516 civis foram mortos, incluindo 76 crianças, e outros 908 ficaram feridos na Ucrânia desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro.
A entidade, no entanto, alerta que o número real provavelmente é muito maior. No último balanço, o escritório de direitos humanos da ONU havia informado 474 vítimas e 861 feridos.
Do número total de mortes, 111 foram confirmadas nas regiões de Donetsk e Lugansk, enquanto as outras 405 foram relatadas em outras áreas do país como a capital, Kiev, e as cidades de Odessa, Kherson, Kharkiv, Zaporizhzhia, Sumy e Mikolaiv.
De acordo com a organização, os dados reais "são consideravelmente mais altos, em território controlado pelo governo e especialmente nos últimos dias, pois o recebimento de informações de alguns locais onde ocorreram intensas hostilidades foi adiado e muitos relatórios ainda aguardam confirmação".
"A maioria das baixas civis registradas foi causada pelo uso de armas explosivas com uma ampla área de impacto, incluindo artilharia pesada e sistemas de foguetes de lançamento múltiplo, mísseis e ataques aéreos", disse a ONU.
Apesar da ofensiva, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse hoje que acredita "que a ameaça de uma guerra nuclear é um blefe". "Uma coisa é ser um assassino, outra é ser um suicida.
Ele se ameaça com armas nucleares apenas quando o resto não funciona", disse ele em entrevista ao "die Zeit".