ONU crê que Índia e Paquistão devem evitar ação unilateral na Caxemira, diz embaixador chinês

16 ago 2019 - 16h18

Membros do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) acreditam que a Índia e o Paquistão deveriam evitar ações unilaterais na região disputada de Jammu e Caxemira, disse o embaixador da China na ONU nesta sexta-feira, depois de o conselho debater o tema pela primeira vez em décadas.

Membros do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) reunidos na sede da ONU em Nova York
28/02/2019
REUTERS/Lucas Jackson
Membros do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) reunidos na sede da ONU em Nova York 28/02/2019 REUTERS/Lucas Jackson
Foto: Reuters

O conselho de 15 membros se reuniu a portas fechadas a pedido da China e do Paquistão depois que a Índia anulou a autonomia de décadas do território de maioria muçulmana de Jammu e Caxemira, garantida pela Constituição indiana. Pequim raramente solicita reuniões do Conselho de Segurança.

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    Embora o conselho não tenha acertado um comunicado, o embaixador chinês, Zhang Jun, resumiu as conversas descrevendo uma preocupação grave com a situação.

    "Eles também estão preocupados com a situação dos direitos humanos lá, e também é a visão geral dos membros que as partes em questão deveriam evitar adotar qualquer ação unilateral que possa agravar mais a tensão lá, porque já está muito tenso e muito perigoso", disse.

    O embaixador indiano na ONU, Syed Akbaruddin, acusou Zhang de tentar fazer seus comentários passarem pela "vontade da comunidade internacional", e disse que a decisão da Índia é uma questão interna.

    "Se há problemas, eles serão discutidos, serão abordados por nossos tribunais; não precisamos de bisbilhoteiros internacionais tentando nos dizer como viver nossas vidas. Somos um povo de mais de um bilhão", disse Akbaruddin aos repórteres.

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