O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários disse que 915 caminhões de ajuda entraram na Faixa de Gaza nesta segunda-feira, o segundo dia de um cessar-fogo entre Israel e os militantes palestinos do Hamas após 15 meses de guerra.
O órgão da ONU citou informações de Israel e dos garantidores do cessar-fogo, os EUA, o Catar e o Egito. No domingo, a ONU disse que cerca de 630 caminhões de ajuda entraram no enclave palestino, sendo que pelo menos 300 deles foram para o norte, onde especialistas alertaram para a iminência de uma crise de fome.
O acordo de cessar-fogo exige que 600 caminhões de ajuda sejam autorizados a entrar em Gaza todos os dias do cessar-fogo inicial de seis semanas, incluindo 50 que transportem combustível. Metade dos 600 caminhões de ajuda seria entregue no norte de Gaza.
Dados da agência de assistência palestina da ONU, a UNRWA, mostraram que 2.892 caminhões de ajuda entraram em Gaza em dezembro. A ajuda é deixada no lado de Gaza da fronteira, onde é recolhida pela ONU e distribuída.
Mas as gangues e os saqueadores têm dificultado isso.
Israel destruiu grande parte de Gaza e a população de 2,3 milhões de pessoas que vivia antes da guerra foi deslocada várias vezes. O secretário-geral da ONU, António Guterres, descreveu a situação humanitária como "catastrófica".
Guterres disse ao Conselho de Segurança da ONU nesta segunda-feira que a ONU ainda enfrenta "obstáculos, desafios e restrições significativos". Ele disse que a ONU, os grupos de ajuda e o setor privado precisam de acesso rápido, seguro e desimpedido.