ONU não cumprirá meta de conter ebola até 1º de dezembro

Algumas regiões de Serra Leoa ainda são motivo de preocupação para os agentes de saúde

24 nov 2014 - 21h20
<p>Profissionais de saúde levam o corpo de pessoa que morreu devido ao vírus ebola em Fretown, Serra Leoa, em 21 de outubro</p>
Profissionais de saúde levam o corpo de pessoa que morreu devido ao vírus ebola em Fretown, Serra Leoa, em 21 de outubro
Foto: Josephus Olu-Mamma / Reuters

A Missão da Organização das Nações Unidas de Resposta de Emergência ao ebola não conseguirá cumprir plenamente o objetivo de conter o vírus até 1º de dezembro devido ao aumento no número de casos em Serra Leoa e em outros lugares, afirmou o chefe da missão, Anthony Banbury, nesta segunda-feira.

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A missão UNMEER (na sigla em inglês) estabeleceu a meta em setembro de ter 70 por cento dos doentes de ebola em tratamento e 70 por cento dos mortos enterrados em segurança. Essa meta será atingida em algumas áreas, disse Banbury à Reuters. Ele citou progresso na Libéria.

"Vamos alcançar as metas de 1º de dezembro em algumas áreas. Mas certamente vamos ficar aquém em outras. Em ambos os casos, vamos ajustar de acordo com as circunstâncias no terreno", disse em entrevista.

Banbury disse que as áreas de maior preocupação são as regiões rurais de Serra Leoa, bem como a cidade de Makeni, no centre do país, e Port Loko, no noroeste.

A vigilância para impedir a propagação transfronteiriça da doença deve ser melhorada, acrescentou, dada a transmissão do ebola por terra da Guiné para o Mali, onde pelo menos seis pessoas morreram.

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O número de mortos na pior epidemia de ebola na história subiu para 5.459, dentre 15.351 casos identificados em oito países até 18 de novembro, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A grande maioria desses casos ocorreu na Guiné, Serra Leoa e Libéria.

O general de brigada norte-americano Frank Tate, vice-comandante geral das forças dos EUA que ajudam a Libéria a combater a epidemia, disse nesta segunda-feira que houve uma melhoria dramática na situação no país, considerado o mais atingido pelo surto.

Foto: Arte Terra

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