O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, anunciou nesta segunda-feira que a partir de agora a organização reconhecerá todos os casamentos entre pessoas do mesmo sexo de seus funcionários, independente da nacionalidade.
Até agora, as Nações Unidas só definiam o status matrimonial de seus trabalhadores com base nas normas de seus países de origem, explicou em entrevista coletiva o porta-voz Farhan Haq.
Isto fazia com que, por exemplo, a ONU não considerasse como casados um funcionário que tivesse uma união civil homossexual a não ser que ela também fosse legal em seu país natal.
Hoje somente em 17 países o casamento entre pessoas do mesmo sexo é legal (Brasil, África do Sul, Argentina, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Espanha, França, Holanda, Islândia, Luxemburgo, Noruega, Nova Zelândia, Portugal, Reino Unido, Suécia e Uruguai). A eles se somam Estados Unidos e México, onde a união é legal em partes do território.
Haq explicou que o secretário-geral tomou a decisão fazendo valer sua autoridade como chefe da administração da ONU, e não precisou ser aprovada pelos Estados-membros.
Para Ban, a medida trará "mais igualdade para todos os funcionários", e pediu a "todos os membros da família da ONU que se unam para combater a homofobia", disse o porta-voz.
Apesar de só ter sido divulgada hoje, a decisão foi oficializada em 26 de junho.
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