ONU relaciona propagação do ebola a mudanças climáticas

1 nov 2014 - 14h33
<p>"Na África, por exemplo, os mosquitos podem se propagar de uma região para outra com mais facilidade que antes”, disse o diretor executivo Achim Steiner</p>
"Na África, por exemplo, os mosquitos podem se propagar de uma região para outra com mais facilidade que antes”, disse o diretor executivo Achim Steiner
Foto: USAMRIID / Reuters

A propagação, nos últimos anos, de doenças infeciosas como a malária, a chikungunya e mesmo o ebola são exemplos de como a mudança climática ameaça a segurança sanitária mundial, diz a Organização das Nações Unidas (ONU).

"A mudança climática afeta as temperaturas e as condições climáticas das regiões. Na África, por exemplo, os mosquitos podem se propagar de uma região para outra com mais facilidade que antes, tal como na América Latina”, disse o diretor executivo do Conselho de Administração do Programa da ONU para o Meio Ambiente, Achim Steiner. 

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Ele acrescentou que em muitas partes do mundo se verá a volta ou a chegada de doenças que, devido às altas temperaturas, simplesmente não tinham sido notificadas antes. Para ele, isso afetará a infraestrutura sanitária, o sistema de saúde e, em última instância, o bem-estar de cada uma das populações do planeta.

Segundo o diretor, outro efeito da mudança climática na saúde é a contaminação, uma vez que a emissão de dióxido de carbono e outros produtos causa agora a morte prematura de aproximadamente 7 milhões de pessoas no mundo a cada ano. "Esse registro é maior do que o número de mortes prematuras por HIV/aids e a malária", comentou Steiner, que defende a implementação de políticas ambientais.

Para ele, grandes economias como o Brasil tomaram medidas significativas para resolver as principais fontes de emissão de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono. "O Brasil tem ajudado muito a reduzir o desmatamento, que é, talvez, um dos passos mais importantes", disse, citando também a Nicarágua pela "incorporação de tecnologias de energias renováveis para gerar eletricidade."

Foto: Arte Terra

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Agência Brasil
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