Nesta quinta-feira, a Organização das Nações Unidas (ONU) mais que triplicou seu apelo para auxiliar os países vulneráveis a combaterem a propagação e os efeitos desestabilizadores da pandemia do coronavírus, solicitando 6,7 bilhões de dólares para ajudar 63 países, principalmente na África e na América Latina.
Embora os Estados Unidos e a Europa estejam sendo afetados agora pelo surto, o sub-secretário geral da ONU, Mark Lowcock, alertou que não era esperado que o vírus atinja o pico nos países mais pobres do mundo até determinado momento entre os próximos três a seis meses.
"Nos países mais pobres, já podemos ver as economias se contraindo à medida que as receitas de exportação, as remessas e o turismo desaparecem. A menos que tomemos medidas agora, devemos estar preparados para um aumento significativo no conflito, fome e pobreza", afirmou.
"O espectro de várias carências aparece", alertou Lowcock.
O novo coronavírus, que causa a doença respiratória Covid-19, já infectou cerca de 3,7 milhões de pessoas em todo o mundo e mais de 263 mil morreram, de acordo com uma contagem da Reuters. O vírus surgiu pela primeira vez na cidade chinesa de Wuhan, ao final do ano passado.