Quarenta trabalhadores indianos do setor da construção foram sequestrados na cidade iraquiana de Mossul, que está nas mãos de militantes sunitas, mas nenhum pedido de resgate foi recebido e seu paradeiro é desconhecido, disse o Ministério de Relações Exteriores da Índia nesta quarta-feira.
O porta-voz Syed Akbaruddin afirmou que o governo não sabe quem está por trás do sequestro. A maioria dos reféns é do Estado de Punjab, norte da Índia, e estava trabalhando para uma companhia com sede em Bagdá chamada Tariq Noor Al Huda.
“O Crescente Vermelho confirmou para nós, pelas informações que possuem, que 40 trabalhadores indianos de construção foram sequestrados”, disse Akbaruddin à imprensa, referindo-se à entidade humanitária.
Ele afirmou que cerca de 100 trabalhadores indianos estavam vivendo em áreas dominadas pelo grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), mas que a Índia mantém contato com muitos deles, incluindo 46 enfermeiras. A Índia despachou um representante a Bagdá para apoiar os esforços de repatriação.
As enfermeiras estão alocadas em Tikrit, que está sob controle militar, e muitos deles vivem no hospital onde trabalham. Enfermeiras que falaram com a imprensa indiana disseram estar tratando de pessoas feridas em combates violentos.
O Crescente Vermelho contatou as enfermeiras indianas e está fornecendo assistência, disse Akbaruddin.
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Combatentes do EIIL, que buscam estabelecer um califado —Estado Islâmico— numa ampla região na Síria e Iraque, lançou sua revolta ao conquistar o controle de Mossul, e avançou para o vale do rio Tigre em direção a Bagdá.
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Fotos publicadas na internet indicam que dezenas de membros do Exército iraquiano capturados foram executados por terroristas do Estado Islâmico no Iraque e Levante (EIIL)
Foto: WELAYAT SALAHUDDIN
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As fotos, disponibilizadas pelo próprio grupo, foram obtidas por agências de notícias, mas não puderam ter sua autenticidade comprovada.
Foto: WELAYAT SALAHUDDIN
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Os insurgentes dizem ter tirado as fotos, publicadas no Twitter, na província de Saladino, ao norte da capital Bagdá.
Foto: WELAYAT SALAHUDDIN
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Os jihadistas indicam na legenda de uma das fotos que executaram centenas de soldados. Nas fotos analisadas pela AFP, aparecem dezenas de cadáveres
Foto: WELAYAT SALAHUDDIN
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De terça-feira a quinta-feira, os jihadistas tomaram a segunda maior cidade do Iraque, Mossul, sua província (Nínive, norte), Tikrit e outras regiões da província de Saladino, além de outros setores nas províncias de Diyala (no leste) e Kirkuk (no norte).
Foto: WELAYAT SALAHUDDIN
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As forças de segurança, que se retiraram em debandada diante do avanço dos extremistas, parecem, no entanto, estar se recuperando, e no sábado tomaram as localidades de Ishaqi e Muatasam, na província de Saladino, perto de Bagdá.
Foto: WELAYAT SALAHUDDIN
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No sábado já haviam sido encontrados os corpos carbonizados de 12 policiais na cidade de Ishaqi, ao norte de Bagdá.
Foto: WELAYAT SALAHUDDIN
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