Afeganistão: candidatos denunciam fraude nas eleições

Problemas teriam ocorrido durante o 2º turno das votações para presidente

15 jun 2014 - 15h47

Os dois candidatos à presidência do Afeganistão denunciaram fraudes após a realização do segundo turno eleitoral nesta que será a primeira transferência de poder democrática do país.

O processo tem sido marcado pela violência talibã, que já deixou mais de 50 mortos. Neste domingo, o porta-voz da Comissão de Fraudes Eleitorais (ECC, na sigla em inglês), Mohamad Nader Mohsini, anunciou que o órgão recebeu pelo menos 275 reclamações. Mohsini declarou que, em alguns casos, "simpatizantes dos candidatos obrigaram eleitores a votar em seu (candidato) favorito", e algumas pessoas tentaram comprar votos.

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A ECC receberá queixas sobre fraudes até as 12h (horário local) desta segunda-feira e terá dez dias para examinar todos os casos. Essas denúncias levantam temores na comunidade internacional sobre o desfecho dessa maratona eleitoral iniciada em 5 de abril, quando ocorreu o primeiro turno.

Desde sábado, o candidato Abdullah Abdullah, que foi porta-voz do célebre comandante Massud, e seu rival, o economista Ashraf Ghani, alertam sobre as suspeitas de fraude. Ashraf Ghani garante que "as forças da ordem" estiveram "envolvidas em casos de fraude". Já Abdullah Abdullah disse esperar, por parte da Comissão Eleitoral Independente (IEC, na sigla em inglês), um resultado "claro e transparente". Em diferentes oportunidades, ele declarou que apenas uma fraude poderia impedir sua vitória.

Os primeiros resultados das urnas serão divulgados em 2 de julho. A IEC pretende anunciar o nome do novo presidente em 22 de julho, se a gestão das denúncias não atrasar o processo.

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