Al Qaeda no Iêmen assume autoria de ataque a jornal em Paris

14 jan 2015 - 10h23

A rede Al Qaeda no Iêmen assumiu a responsabilidade pelo ataque ao jornal de sátiras francês Charlie Hebdo, dizendo que a ação foi ordenada pela liderança do grupo militante islâmico em resposta a insultos ao profeta Maomé, de acordo com um vídeo no YouTube.

Homens armados do lado de fora de carro após ataque à sede do jornal Charlie Hebdo, em Paris. 07/01/2015
Homens armados do lado de fora de carro após ataque à sede do jornal Charlie Hebdo, em Paris. 07/01/2015
Foto: Reuters TV / Reuters

"Quanto à abençoada Batalha de Paris, nós, a Organização da Al Qaeda Al Jihad na Península Arábica, assumimos a responsabilidade por essa operação como vingança ao mensageiro de Deus", disse na gravação Nasser bin Ali al-Ansi, líder do braço da Al Qaeda no Iêmen.

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Homens armados mataram um total de 17 pessoas em três dias de violência que começou quando abriram fogo contra a sede do semanário Charlie Hebdo em vingança pela publicação no passado de imagens satíricas do profeta Maomé.

Ansi, o principal líder ideológico da Al Qaeda no Iêmen, disse que foi a liderança da organização “que escolheu o alvo, colocou o plano em ação e financiou a operação", sem citar um nome específico.

Ele acrescentou, sem dar mais detalhes, que o ataque foi realizado para "pôr em prática" a ordem do líder geral da Al Qaeda, Ayman al-Zawahri, que fez um chamado por ataques de muçulmanos ao Ocidente, utilizando quaisquer meios que possam encontrar.

A Al Qaeda no Iêmen é liderada por Nasser al-Wuhayshi, que também é o número 2 de Zawahri na hierarquia mundial da rede.

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"Nós fizemos isso em conformidade com o comando de Deus e em apoio a seu mensageiro, que a paz esteja com ele", acrescentou Ansi.

Não foi possível verificar a autenticidade da gravação, que trazia o logo do grupo de mídia da Al Qaeda, al-Malahem.

A primeira edição do Charlie Hebdo publicada depois dos ataques da semana passada se esgotou em minutos nas bancas de jornais em toda a França nesta quarta-feira, com pessoas fazendo fila para comprar cópias em apoio ao semanário.

(Reportagem de Sami Aboudi e Yara Bayoumy)

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