Pelo menos 111 pessoas morreram nesta quinta-feira em confrontos entre partidários do governo da Síria e combatentes do grupo radical Estado Islâmico (EI) pelo controle do campo de gás de Sha'er, que foi tomado pelos jihadistas, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
Esta ONG explicou que 90 mortos eram soldados e membros das Forças de Defesa Nacional - milícias civis pró-governo -, e os demais eram radicais islâmicos.
Ainda não se sabe o paradeiro de 270 combatentes leais ao regime, que podem ter sido capturados ou estar mortos ou feridos durante o ataque dos extremistas ao campo de gás, localizado no leste da província de Homs.
O Observatório, que cita fontes de confiança, acrescentou que 20 soldados do regime conseguiram escapar, e que conseguiu falar com dois deles.
O EI assumiu o controle de grande parte dos campos de petróleo e gás no norte da Síria. Na província de Deir ez Zor, no leste, controla a jazida de petróleo de Al Omar, a maior do país.
Por outro lado, a ONG informou que o EI enviou reforços aos arredores da região de Kobani, de maioria curda e localizada na província de Aleppo, como prévia de um ataque para tomar novas áreas.
Nos últimos dias, centenas de curdos cruzaram a fronteira com a Turquia para apoiar a milícia Unidades de Proteção do Povo Curdo em Kobani, que se prepara para defender a região.
O EI declarou no final de junho um califado islâmico que abrange grande parte dos territórios de Iraque e Síria.
Entenda os conflitos na Síria: Confrontos começaram em março de 2011, se transformaram em guerra civil e já fizeram milhares de mortos e outros milhões de refugiados
