Ataque do Estado Islâmico na Síria pode ter deixado 60 mil desalojados, diz ONU

26 jun 2015 - 08h29

Um ataque do Estado Islâmico na cidade síria de Hasaka pode ter desalojado 60 mil pessoas, informou o escritório da Organização das Nações Unidas (ONU) na Síria nesta sexta-feira, alertando que no total até 200 mil pessoas podem tentar fugir.

Sírios cruzando a fronteira para a Turquia, na cidade de Suruc. 26/06/2015
Sírios cruzando a fronteira para a Turquia, na cidade de Suruc. 26/06/2015
Foto: Murad Sezer / Reuters

O Estado Islâmico iniciou um ataque em Hasaka, área controlada pelo governo, na quinta-feira, capturando pelo menos um distrito da cidade, que fica perto das fronteiras com Turquia e Iraque.

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Hasaka é dividida em zonas, administradas separadamente pelo governo do presidente Bashar al-Assad e uma administração curda. Militantes do Estado Islâmico também atacaram a cidade de Kobani, controlada pelos curdos, em sua ofensiva dupla na quinta-feira.

O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários na Síria informou que cerca de 50 mil pessoas foram desalojadas na cidade de Hasaka, enquanto 10 mil seguiram para a cidade de Amuda, próxima à fronteira com a Turquia.

"Estima-se que 200 mil pessoas possam tentar fugir da cidade nas próximas horas para áreas no norte sob controle do governo, mais provavelmente para Amuda e Qamishli", de acordo com o relatório. Qamishli é uma cidade a cerca de 80 quilômetros de Hasaka, na fronteira com a Turquia.

O Estado Islâmico informou na quinta-feira que tomou o distrito de al-Nashwa e áreas vizinhas de Hasaka.

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(Reportagem de Sylvia Westall)

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