As forças lideradas pelos Estados Unidos realizaram pelo menos 13 bombardeios aéreos na Síria perto da fronteira com o Iraque nesta quarta-feira, segundo dia de ataque contra militantes do Estado Islâmico, que conquistaram território em ambos os lados da fronteira, informou um grupo que monitora o conflito.
O diretor do Observatório Sírio para os Direitos Humanos, Rami Abdulrahman, disse à Reuters que os ataques atingiram a cidade fronteiriça de Albu Kamal e áreas vizinhas. Já o comando americano encarregado do Oriente Médio e da Ásia Central (Centcom) declarou que dois ataques aéreos foram realizados a oeste de Bagdá, outros dois a sudeste da cidade de Erbil e um quinto foi registrado no noroeste da Síria.
Segundo a agência de notícias oficial síria "Sana", que entrevistou moradores de Al Bukamal, os ataques foram realizados pelos Estados Unidos e seus aliados ao amanhecer e atingiram a área industrial da localidade.
O ativista local Mohammed al Jalif disse ontem que os ataques de segunda-feira nesta cidade atingiram a Escola Industrial - uma das bases do EI - e vários depósitos e postos de controle dos radicais.
Os Estados Unidos, com aliados árabes, lançaram bombardeios aéreos contra Estado islâmico na Síria nesta terça-feira. Segundo um porta-voz do Exército norte-americano, aqueles ataques eram "apenas o começo".
A área em torno de Albu Kamal foi o foco de pesado bombardeio das forças lideradas pelos Estados Unidos no primeiro dia de sua campanha aérea. Cerca de 22 ataques atingiram a região na terça-feira.
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Segundo dia de ataques da coalizão
Os novos bombardeios ocorrem um dia depois de Washington dirigir uma série de 16 ataques contra o solo sírio - os primeiros contra este território -, com seus aliados árabes (Jordânia, Bahrein, Catar, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos). A França, por sua vez, também participou dos ataques aéreos contra o Iraque.
O Pentágono classificou estas operações de muito bem-sucedidas. Obama saudou a força da coalizão organizada sob sua iniciativa para destruir o EI no Iraque e na Síria, onde este grupo extremista controla amplas zonas.
Espera-se que o presidente americano peça nesta quarta-feira um reforço desta coalizão durante a abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, declarou na terça-feira que seu país, que até agora havia se limitado a entregar armas aos combatentes curdos, não tem outra opção a não ser lutar contra o EI, razão pela qual a imprensa britânica considera que pode considerar participar dos bombardeios.
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Obama também presidirá uma reunião especial do Conselho de Segurança da ONU para adotar uma resolução com o objetivo de reduzir o fluxo de combatentes estrangeiros.
Cerca de 12 mil combatentes estrangeiros procedentes de 74 países teriam se unido às organizações extremistas no Iraque e na Síria, segundo o Centro internacional para o Estudo da Radicalização, com sede em Londres.
A maior parte deles é proveniente de países do Oriente Médio (Arábia Saudita, Jordânia) ou do Magreb (Tunísia, Marrocos), mas o número de europeus aumenta. O coordenador europeu para a luta contra o terrorismo, Gilles de Kerchove, contabiliza cerca de 3.000 pessoas.
Até o momento não há novas informações sobre o destino de Hervé Pierre Gourdel, o guia francês de 55 anos sequestrado no domingo pelo grupo jihadista argelino Jung al-Khilafa, que apoia o EI e que na segunda-feira ameaçou matá-lo se a França não renunciar aos bombardeios no Iraque em um prazo de 24 horas.
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O presidente francês, François Hollande, rejeitou este ultimato e afirmou que a França continuará suas operações no Iraque. "Não cederemos a nenhuma chantagem, a nenhuma pressão, a nenhum ultimato, por mais odioso ou desprezível que seja", disse Hollande em Nova York.
O grupo EI havia convocado na segunda-feira os muçulmanos a matar de qualquer forma cidadãos dos países que integram a coalizão internacional.
Na Austrália, a polícia matou com um tiro um suspeito de terrorismo depois que ele feriu dois agentes apunhalando-os várias vezes.
06 de junho - Jovens iraquianos observam os danos causados após a explosão de um carro-bomba na cidade de Kirkuk
Foto: AFP
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08 de junho - Imagem de propaganda do EIIL. Militantes lutaram contra forças iraquianas em Tikrit, em 11 de junho, após os jihadistas tomarem a faixa norte do país, incluindo a cidade de Mossul
Foto: AFP
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08 de junho - Imagem retirada de uma propaganda veiculada no dia 08 de junho pelo grupo EIIL mostra militantes perto da cidade iraquiana de Tikrit
Foto: AFP
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10 de junho - Família iraquianas se reúnem em um posto de controle curdo, em uma região autônoma do Curdistão. Elas fogem da violência presente na província de Nínive, no Iraque
Foto: AFP
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10 de junho - Foto tirada de um celular mostra um homem armado assistindo a um veículo militar em chamas, em Mossul
Foto: AFP
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11 de junho - Imagem divulgada pelo grupo EIIL, mostra militantes indo a um local não revelado, na província de Nínive, no Iraque
Foto: AFP
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11 de junho - Imagem divulgada por um perfil de notícias jihadista no Twitter mostra um militante do grupo EIIL segurando uma arma na fronteira sírio-iraquiana
Foto: AFP
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11 de junho - Imagem disponibilizada pelo perfil de notícias jihadistas Al-Baraka mostra militantes do EIIL pendurando uma bandeira da Jihad Islâmica em um poste no topo de um antigo forte militar, na aldeia de Al Siniya
Foto: AFP
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11 de junho - Iraquianos limpam as ruas depois de um ataque suicida de um homem-bomba, em uma tenda, onde líderes tribais xiitas estavam reunidos, na cidade de Sadr, no norte de Bagdá
Foto: AFP
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11 de junho - Um grupo de curdos são vistos sentados dentro de um veículo, estacionado próximo à cidade de Mossul, no Iraque. No dia 10 de junho, militantes sunitas invadiram a cidade.
Foto: AFP
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11 de junho - Parte do uniforme de um membro do Exército iraquiano é visto no chão, em frente a restos de um veículo militar queimado, a 10 km da cidade de Mossul
Foto: AFP
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12 de junho - Membros do grupo Asaib Ahl al-Haq carregam caixão de colega morto em Najaf durante confrontos com o grupo rebelde Estado Islâmico e o Levante (EIIL) na província de Salahuddin
Foto: Reuters
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12 de junho - Soldado do grupo insurgente Estado Islâmico e o Levante (EIIL) monta guarda em posto de controle em Mossul
Foto: Reuters
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12 de junho - Forças especiais da polícia capturam homens armados na cidade iraquiana de Tikrit
Foto: Reuters
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12 de junho - Dezenas de famílias deixam Mossul em direção a cidades curdas por causa da escalada da violência na região
Foto: Reuters
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12 de junho - Voluntários que se juntaram ao Exército iraniano para lutar contra os insurgentes sunitas que tomaram controle da cidade de Mossul viajam em caminhão militar para Bagdá
Foto: Reuters
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12 de junho - Membros das forças de segurança iraquianas posam para foto em Bagdá
Foto: Reuters
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12 de junho - Insurgentes montam guarda em posto de controle na cidade iraquiana de Mossul
Foto: Reuters
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15 de junho - Voluntários se unem ao exército iraquiano para combater militantes sunitas do EIIL
Foto: Reuters
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16 de junho - Voluntários se juntam ao exército iraquiano para combater os militantes predominantemente sunitas
Foto: Reuters
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16 de junho - Combatentes xiitas participam de mais um treinamento em estilo militar, em Najaf
Foto: Reuters
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17 de junho - Combatentes do Exército Mehdi marcham durante um treinamento em estilo militar na cidade sagrada de Najaf
Foto: Reuters
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17 de junho - Pessoas se reúnem em local onde um ataque com carro-bomba deixou 13 mortos e 30 feridos em Bagdá
Foto: Reuters
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17 de junho - Combatentes xiitas marcham em treinamento em estilo militar na cidade sagrada de Najaf
Foto: Reuters
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17 de junho - Combatentes tribais gritam palavras de luta enquanto carregam armas em um desfile nas ruas de Najaf, ao sul de Bagdá
Foto: Reuters
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19 de junho - soldados desfilam dentro do principal centro do Exército durante uma campanha de recrutamento de voluntários para o serviço militar em Bagdá, Iraque
Foto: AP
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19 de junho - homens iraquianos chegam ao principal centro de recrutamento do Exército de voluntários para o serviço militar em Bagdá, após autoridades pedirem ajuda ao povo iraquiano no combate aos insurgentes
Foto: AP
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19 de junho - centenas de homens mobilizam-se para lutar contra os insurgentes do Estado Islâmico e do Levante, em Bagdá
Foto: AP
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19 de junho - voluntários das recém-formadas "Brigadas de Paz" participam de um desfile na cidade xiita de Najaf, no Iraque
Foto: AP
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20 de junho - seguidores do clérigo xiita Muqtada al-Sadr realizam orações ao ar livre no reduto xiita da cidade de Sadr, em Bagdá
Foto: AP
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20 de junho - militares das "Brigadas de Paz" participam de desfile no sul da cidade sagarada de Najaf
Foto: AP
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22 de junho - mulher iraquiana banha seu filho em um acampamento para deslocados internos que fugiram de Mossul e outras cidades tomadas pelos insurgentes do Estados Islâmico e do Levante
Foto: AP
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