Ao menos 12 pessoas morreram no duplo atentado contra o candidato favorito à eleição presidencial afegã, Abdullah Abdullah, que saiu ileso do ataque contra seu comboio em Cabul, na sexta-feira, informaram as autoridades locais neste sábado.
"O número de óbitos aumentou", disse à AFP o oficial Sayed Gul Agha Hashemi. "Agora são 12 mortos", incluindo três membros da equipe de Abdullah, "e mais de 40 feridos". O boletim precedente, emitido na sexta-feira, informava seis mortes.
O comboio foi atacado por um terrorista a bordo de um carro-bomba e foi alvo de uma mina colocada na estrada, segundo Hashemi, chefe do departamento de investigação criminal da polícia de Cabul.
O próprio Abdullah revelou que a explosão aconteceu quando seu comboio seguia de um comício para outro evento de campanha.
Os Estados Unidos condenaram o ataque e destacaram que o Afeganistão merece um futuro democrático. "Condenamos o ataque cometido hoje contra Abdullah Abdullah em um ato de campanha", afirmou a porta-voz do departamento de Estado, Marie Harf. "Como já deixamos claro, o povo afegão merece a democracia que estará exercitando na próxima semana, não a violência."
No primeiro turno das eleições, realizado em abril, Abdullah obteve quase 50% dos votos. Agora enfrentará o ex-economista do Banco Mundial Ashraf Ghani.
A votação de 14 de junho apontará o sucessor de Hamid Karzai, único presidente do Afeganistão após a queda dos talibãs, em 2001, e que não poderá exercer um terceiro mandato por impedimento constitucional.