Aviões britânicos lançarão ajuda para refugiados do Iraque

Apesar da ajuda aos refugiados, o Reino Unido ainda descarta envio de operações militares no Iraque - como fizeram os Estados Unidos

8 ago 2014 - 11h34
Refugiados cristãos na cidade curda de Erbil, ao norte do Iraque
Refugiados cristãos na cidade curda de Erbil, ao norte do Iraque
Foto: Spencer Platt / Getty Images

Aviões do Reino Unido lançarão provisões aos iraquianos que fugiram de suas casas e se refugiaram no norte do Iraque perante o avanço da ofensiva dos extremistas do Estado Islâmico (EI), informou nesta sexta-feira o governo de Londres.

O ministro da Defesa do Reino Unido, Michael Fallon, fez o anúncio após manter uma reunião do comitê de emergência em Londres e expressou sua confiança de que a operação de ajuda começará nos "próximos dois dias".

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O ministro disse que as provisões estão destinadas principalmente à minoria religiosa dos yazidis, que se refugiaram na zona de Sinjar, ao noroeste do Iraque.

Fallon acrescentou que o Executivo que é dirigido pelo conservador David Cameron está também preparado para oferecer "assistência técnica" aos esforços humanitários liderados pelos Estados Unidos.

Fontes do Pentágono anunciaram hoje que três aviões de carga, escoltados por dois aviões de combate, lançaram provisões para os milhares de iraquianos que fugiram a Sinjar.

Refugiados iraquianos chegam em caçambas de veículos na cidade curda autônoma de As-Sulaymaniyah
Foto: Stringer / Reuters

"Estamos oferecendo assistência técnica para o reabastecimento de combustível e para os trabalhos de vigilância", afirmou Fallon.

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As declarações do ministro da Defesa chegam depois que Londres descartou uma intervenção militar no Iraque, apesar de expressar seu apoio à decisão tomada ontem pelo presidente americano, Barack Obama, de autorizar ataques aéreos seletivos e lançar provisões aos refugiados.

"Apoiamos a decisão tomada ontem à noite pelos EUA para oferecer provisões vitais aos iraquianos que necessitam urgentemente e que fogem dos terroristas de EI (Estado Islâmico), que realizam uma ofensiva contra as minorias religiosas yazidi e cristã", indicou um porta-voz de Cameron.

Ao ser perguntado pela decisão do Reino Unido de não se envolver nas operações militares aéreas, Fallon insistiu hoje que sua "prioridade" é "prestar assistência à missão humanitária".

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