Caso de americana morta pelo Exército de Israel volta à tona

Rachel Corrie, de 23 anos, morreu esmagada por uma escavadeira militar, na Faixa de Gaza; recurso de queixa contra o país está sendo examinado na justiça israelense

21 mai 2014 - 15h39
<p>A norte-americana Rachel Corrie, de 23 anos, morreu esmagada em 16 de marco de 2003 por uma escavadeira do Exército de Israel</p>
A norte-americana Rachel Corrie, de 23 anos, morreu esmagada em 16 de marco de 2003 por uma escavadeira do Exército de Israel
Foto: AP

O Supremo Tribunal de Israel examinou nesta quarta-feira o recurso apresentado pelos pais de Rachel Corrie, morta em 2003 por uma escavadeira militar israelense na Faixa de Gaza.

A queixa por "homicídio por negligência" contra o Estado de Israel havia sido rejeitada em 2012.

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Rachel Corrie, de 23 anos, morreu esmagada em 16 de marco de 2003 por uma escavadeira do Exército quando protestava com outros integrantes do Movimento de Solidariedade Internacional (ISM) e com palestinos contra a destruição de uma casa palestina em Rafah (sul de Gaza).

Em 2012, a justiça israelense concluiu que a morte de Rachel Corrie havia sido causada por um acidente e não por responsabilidade do condutor da escavadeira, rejeitando as acusações segundo as quais um vídeo mostrando o ocorrido havia sido destruído.

"Nós temos um mecanismo que permite que os militares atuem com impunidade. Como um ex-soldado, considero isso muito perigoso", declarou Craig Corrie, pai da ativista na saída da audiência.

Contestando a decisão do Exército de arquivar o caso, a família apresentou em março de 2010 uma queixa civil contra o Estado de Israel e o Ministério da Defesa, pedindo uma indenização simbólica de um dólar.

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"Já faz mais de dez anos desde que o caso Rachel Corrie é caracterizado por investigações nulas, não-profissionais e obscuras, e por decisões judiciais que ameaçam a proteção internacional aos civis", indicou em um comunicado Bill Van Esveld, do escritório da ONG Human Rights Watch (HRW) em Jerusalém.

Os juízes do Supremo Tribunal, depois de ouvirem a audiência desta quarta, anunciarão sua decisão posteriormente, de acordo com Hussein Abu Hussein, advogado da família, sem dar maiores detalhes.

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